Eike quer arrendar para a Petrobras terras desapropriadas por Cabral
Esdras
Folha de São Paulo: “Nas conversas da semana passada no Planalto, foi dito que a entrada da Petrobras em Açu poderia se dar por arrendamento de área ou por uma sociedade efetiva” A visita de Lula ao Porto do Açu foi mais um péssimo sinal de que as coisas vão de mal a pior para Eike Batista. Convidado em 2007, Lula só deu as caras no Açu agora. A visita faria parte de uma articulação para convencer a presidente Dilma e a presidente da Petrobras Graça Foster (que não vê vantagem no negócio) a permitirem a entrada da estatal no empreendimento, o que seria a boia de salvação para Eike Batista, abandonado pelos seus principais alvos investidores no complexo portuário e industrial, como a chinesa Wisco (Wuhan Iron and Steel Group Co. Ltd. Roll), a quarta maior produtora de aço da China, e a siderúrgica Térniun, vista inicialmente por Eike como a “âncora” do Porto do Açu. “Dane-se a Siderurgica” Na ocasião, Eike declarou: “Projetos atrasam. A siderúrgica da Térnium era uma âncora inicial (Porto do Açu) e não veio ainda por falta de gás natural. Mas o Açu se transformou em um polo para a indústria “offshore”. A Technip, a National Oilwell Warco, a Intermoore e a Subsea7 já estão colocando suas estruturas lá. Só esse pessoal paga R$ 100 milhões de aluguel, antes mesmo de o porto funcionar. Diante desse contexto, dane-se a siderúrgica”. Para salvar Eike, Petrobras arrendaria terras desapropriadas por preço irrisório O que se sabe agora das conversas de Eike com o Planalto, mostra claramente que o empresário estava falando sério quando afirmava ganhar muito mais com o aluguel das terras, antes mesmo do porto funcionar. Como já foi dito nesse blog: as terras da região estão sendo desapropriadas pelo estado, e este só paga a bagatela de R$ 1,90 por metro quadrado e cede gratuitamente, e muito gentilmente, a galinha dos ovos de ouro para o empresário Eike Batista. Agora, o empresário tenta alugar para a Petrobras essas mesmas terras desapropriadas por um preço irrisório pelo Governo do Estado, muitas ainda não pagas aos legítimos proprietários.
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