Saúde herda problemas graves
Daniela Abreu 05/01/2017 14:15 - Atualizado em 05/01/2017 14:18
Folha da Manhã
Hospital Ferreira Machado / Folha da Manhã
Enquanto o prefeito Rafael Diniz inspeciona as unidades de saúde do município nos primeiros dias de governo, novos e antigos problemas herdados da antiga administração vêm aparecendo. No ano passado, a Folha da Manhã mostrou os casos de idosos que aguardavam cirurgia para colocação de prótese femural há meses por falta do material. Uma dessas pacientes é uma aposentada, de 96 anos, internada desde o mês passado e que continua sem saber a data para cirurgia pelo mesmo motivo. Outro caso conhecido é do pequeno Matheus, que, após complicações em um parto prematuro, adquiriu uma série de problemas de saúde e, após ser internado no Hospital Ferreira Machado (HFM), deveria receber acompanhamento médico em casa, o que não aconteceu.
Segundo Irma Cordeiro, neta da paciente Irene Francisca Paes, de 96 anos, a avó caiu em casa no dia 18 de dezembro do ano passado e, desde então, está internada no HFM. A família tentou transferência para a Santa Casa de Misericórdia, sem sucesso. Segundo a família, dona Irene adquiriu pneumonia e os parentes temem pela saúde da aposentada. Ainda segundo Irma, haveria ainda outras quatro pacientes na mesma situação da avó. A justificativa da antiga gestão de saúde do município teria sido a falta de materiais cirúrgicos.
Outro caso novamente denunciado é do pequeno Matheus, que nasceu aos cinco meses de gestação e foi acometido por uma série de complicações na saúde devido ao parto prematuro. No ano passado, o pequeno ficou internado na enfermaria do HFM, onde, segundo a mãe, chegou até mesmo a faltar leite para a alimentação. Na última segunda-feira, após uma convulsão, Matheus, que através de ordem judicial conseguiu atendimento de home care, retornou ao hospital. Segundo a mãe, saiu de lá com prescrição para acompanhamento com pediatra, fisioterapeuta e neuropediatra, especialidade que o município não disporia.
Nessa quarta (4) pela manhã, a mãe disse que foi procurada por um representante do novo prefeito, que teria dito que a secretaria de Saúde está em busca de um neuropediatra. Enquanto isso, o pequeno Matheus permanece sedado com clonazepam para evitar novas convulsões, segundo a mãe.
A equipe de reportagem procurou a Prefeitura, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

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