Eike e Cabral na lista de delações ao MPF
31/03/2017 20:51 - Atualizado em 01/04/2017 13:49
Preso desde 30 de janeiro, o ex-mega empresário Eike Batista está negociando um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro. Também preso, mas desde novembro, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) teria iniciado nesta sexta sua delação, citando 97 nomes, incluindo juízes, desembargadores e membros do Ministério Público.
No caso de Eike, o ex-diretor jurídico da EBX, Flávio Godinho, braço direito de Eike, também iniciou tratativas para tentar colaborar com a Justiça. Eike está preso preventivamente desde o dia 30 de janeiro em Bangu 9, suspeito de ter pago propina ao ex-governador Sérgio Cabral, preso em Bangu 8.
De acordo com informações divulgadas nesta sexta pelo Valor econômico, as ramificações da Operação Lava Jato no Rio geraram uma corrida por parte de empresários e políticos, citados em delações e investigações, que desejam delatar crimes relacionados à operação.
Se Eike ou Godinho decidirem pela delação, o Ministério Público pode se desinteressar pelo depoimento do outro, já que este teria muito pouco a revelar. Dependendo dos procuradores, eles podem realizar delações complementares.
Cabral
Além do MPF, a Procuradoria-Geral da República (PGR) também terá que ser envolvida em possíveis delações de Eike, já que o ex-bilionário tem diversas pessoas com foro privilegiado para entregar.
Se a delação acontecer, Eike pode detalhar questões sobre contratos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal.
Cabral — A delação do ex-governador do Rio acontece depois que sua esposa, Adriana Ancelmo, deixou a cadeia de Gericó e foi para prisão domiciliar. Adriana estava presa desde início de dezembro e foi beneficiada por ter filhos menores.
(S.M.) (A.N.)

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