SEA disponibiliza máquina para desobstrução da "barra" do Canal das Flechas
16/05/2017 15:24 - Atualizado em 16/05/2017 18:34
Canal das Flechas
Canal das Flechas / Supcom
O presidente da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA), André Correia, atendendo ao pedido dos prefeitos Rafael Diniz, de Campos, e Fátima Pacheco, de Quissamã, liberou a máquina que atuava no canal Cambayba para ajudar na desobstrução da entrada da “boca da barra”, no Canal das Flechas, localizado no limite entre os dois municípios. A informação foi confirmada pelo superintendente de Agricultura Nildo Cardoso. 
Com o acúmulo de sedimentos no local, trazidos pela corrente marinha no sentido Norte/Sul, os barcos de pesca ficam impossibilitados de acessar e sair do canal, onde fica o ancoradouro, gerando prejuízos à economia dos dois municípios.
— Cerca de 30% dos mais de 200 barcos que atracavam no local estão ancorando em Macaé e também em cidades do Espírito Santo, como Piúma, por exemplo. Com isso, é menos dinheiro circulando na nossa região, menos combustível vendido, menos gelo comercializado, ou seja, menos dinheiro circulando nos dois lados: em Campos e em Quissamã — avalia o superintendente adjunto de Pesca e Aquicultura, José Armando Barreto.
Para tratar do assunto, uma reunião foi realizada na última sexta-feira (12) no auditório da Prefeitura de Quissamã. Na ocasião, houve debate sobre o controle do nível do Canal das Flechas, controlado pela comporta antes da chegada à barra. Um grupo de pescadores e proprietários rurais sugeriu a abertura da comporta para diminuir o nível da Lagoa Feia, alegando prejuízo com risco de inundações. Mas a maioria era de quem prefere a lagoa mais cheia, por questão de “garantia hídrica” para os períodos de pouca chuva.
— Prevaleceu o bom senso. Por que arriscar baixar o nível da lagoa agora e correr o risco de ficar sem água daqui a alguns meses? Precisamos garantir a oferta de água, notadamente quando temos em andamento a implantação de importante projeto de aquicultura para a região — observou José Armando. 
Participaram também da reunião, pescadores dos dois municípios, integrantes do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e do Comitê de Bacias Hidrográficas do Baixo Paraíba do Sul, além de representantes do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba (PNRJ), da secretaria municipal de Desenvolvimento Ambiental e de produtores rurais. Nos próximos dias será agendada nova reunião para tratar dos desdobramentos do assunto.(A.N.)

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