Documentos da Prefeitura no lixo
Arnaldo Neto e Dora Paula Paes 06/01/2017 20:21
Entre os documentos, fichas do diretório do PR em Campos /
Documentos timbrados e com carimbo da Prefeitura de Campos, edições do Diário Oficial do município, currículos, fichas de doações ao Partido da República (PR) nos últimos anos, material de campanha do candidato a prefeito Dr. Chicão (PR) em 2016. Esses materiais, entre outros itens, foram encontrados ontem por um campista em um terreno baldio na praia de Santa Clara, em São Francisco de Itabapoana. Não se sabe como os documentos foram parar lá, tampouco o motivo. O fato, porém, desperta curiosidade, já que ocorre dias após o fim da gestão Rosinha Garotinho, do PR, que ficou oito anos à frente do Executivo campista. O atual governo, em nota, pede que a documentação seja devolvida à Prefeitura. O vereador Marcão Gomes (Rede), presidente da Câmara, acredita que o caso tem que ser apurado.
— Tem que ser investigado, sem dúvida. A gente precisa de uma vez por todas mudar a forma de gestão, que tem que ser com compromisso. Destruir documentos públicos, abandonar documentos públicos em terreno, ou em qualquer lugar que seja, é crime previsto no Código Penal e que tem que ser apurado — destacou Marcão.
O vereador ainda lembrou que o novo governo deve tomar as medidas cabíveis. “E, logicamente, o governo atual, ao tomar conhecimento disso, vai levar ao conhecimento das autoridades competentes, ao Ministério Público, para que sejam tomadas as devidas providências. Infelizmente, foi um governo sem responsabilidade e que chegou ao fim de forma melancólica”.
A superintendência de Comunicação informou, em nota, que “o recomendável é que eles (os documentos) sejam entregues na própria Prefeitura ou que quem os encontrou repasse o número de telefone para que entremos em contato. Quanto ao material que não diz respeito à Prefeitura, o mesmo é dispensável”.
A Folha tentou contato por telefone com Kellinho — vereador não diplomado por envolvimento no “escandaloso esquema” da troca de Cheque Cidadão por votos e presidente do PR no município —, mas não conseguiu. A advogada particular dele afirmou desconhecer o caso, mas que quem responderia sobre o assunto do partido seria o escritório Lopes de Carvalho e Pessanha Advogados Associados. O advogado Fabrício Ribeiro disse que estava em reunião e retornaria o contato, o que não ocorreu até o fechamento da edição. No telefone do PR em Campos, ninguém atendeu as ligações.

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