Guarda municipal fala sobre os abusos dos motoristas na porta do Censa
Esdras
Comentário do Leitor De um Guarda Municipal Fui escalado naquele local para organizar o trânsito, mas, infelizmente, ali, assim como o Campo de Frade, é um território estrangeiro e as leis brasileiras não têm força. Carros estacionados em fila dupla, parados em fila tripla, estacionados sobre a calçada (em frente aos portões de residência, principalmente), crianças menores de 10 anos (muitos bebês) no banco dianteiro ou no colo do motorista, enfim, coisas que não há a mínima possibilidade de um agente de trânsito ignorar. Procurava advertir os motoristas (antes da notificação), mas a maioria ignorava ou descia do carro querendo me intimidar (anotar nome, fazer ameaça, dizer “Sabe quem eu sou?” e outras coisas provincianas). Certa vez, tive que pedir até ajuda de um morador, pois um “imortal do Censa” me ameaçou de morte. Resumindo: fiquei 2 dias apenas naquele setor. Segundo soube na própria Guarda Municipal, o motivo da minha transferência foi porque a direção do colégio alegou que não queria guarda ali multando, mas orientando pais e alunos. Como assim? Orientar de que eles não podem prejudicar o tráfego dos outros veículos e pedestres, não podem descumprir as leis de trânsito? Informar o que eles já deveriam saber (afinal, para se tirar a carteira de habilitação o cidadão tem de fazer prova relacionada ao trânsito)? Simplesmente ridículo! Depois de mim, os guardas que para ali foram, ficavam escondidos dentro de seus carros e deixavam o caos instaurado. Pasme, Esdras! Vi guarda municipal abrindo porta de carro para estudante descer e até entrando em colégio para dar recado! Em relação ao reboque, afirmo sem medo: você nunca verá um atuando ali. Certa vez, o reboque (a pedido de um guarda) içou um veículo que estava ali, estacionado em fila dupla por quase 30 minutos. Quando o carro já estava todo lacrado, em cima do reboque, prontinho para sair, aparece uma moça gritando para não levarem seu veículo. O guarda e o pessoal do Pátio Norte disseram que não mais podiam retirá-lo (muitos moradores e condutores de veículos passaram aplaudindo), mas bastou um telefonema, e surge um cidadão de carro (em cerca de 5 minutos), parando também em fila dupla e determinando que o veículo fosse retirado do reboque. Parabéns!!! Minha cidade, meu amor. Sugiro, caro Esdras, que algumas fotos sejam tiradas em frente ao Colégio Batista (a partir das 16h45), e você verá também o inferno, já que a Avenida Alberto Torres é hiper movimentada neste horário e justamente em frente ao Batista Kids há também um ponto de ônibus. Inclusive, você verá ali (assim como no Censa), alguns críticos do trânsito de Campos, mas que também cometem os mesmos crimes que tanto condenam. Além dos fardados, no colégio Batista também, diariamente, se vê um carrão de luxo (de uma pessoa muito conhecida na cidade), onde no pára-brisa se lê: Reportagem. Sempre em fila dupla e não há quem o tire!
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