Peça do campista Adriano Moura montada em palco carioca
Aluysio
Conselho de Classe 1 - Rio 2016     De volta à ativa na lida blogueira, bom fazê-lo com aquilo que Campos tem de melhor: sua cultura. Tanto mais para falar de quando essa brilha nos grandes centros. Dramaturgo, poeta e professor, o campista Adriano Moura tem sua peça “Relatos de Professores” encenada no Rio de Janeiro desde a última quinta-feira, dia 8, no teatro Glauce Rocha (Av. Rio Branco, nº 179, Centro). Com direção de José Sisneiros, velho conhecido de Campos, a peça segue em cartaz até o dia 2 de outubro, sempre às 19h, de quinta a sábado, e a partir das 18h, no domingo. No elenco, estão: Deo Garcez, Mirian Panzer, Eduardo Piovesan, Christina Markes e Carlos Salles. O nome original da peça é “Conselho de Classe”, texto de 2005, apresentado em Campos naquele mesmo ano e em 2006. O novo nome foi adotado por opção de Sisneiro, já que uma peça homônima, escrita depois, já estava em cartaz no Rio. Abaixo, a sinopse da peça que os cariocas têm assistido, pelas palavras do seu autor:       [caption id="attachment_32065" align="aligncenter" width="500"]Elenco da peça de Campos encenada em palco carioca (Foto: divulgação) Elenco da peça de Campos encenada em palco carioca (Foto: divulgação)[/caption]   — Quatro professores recolhidos em um manicômio são investigados por um psiquiatra para saber se seus delitos foram por causa da “loucura’’ ou se eles sabiam exatamente o que estavam fazendo e quais seriam suas consequências. O desenrolar da peça aborda temáticas que colocam o público para pensar: afinal, onde fica a linha tênue entre a loucura e a normalidade? O que leva seres humanos, aparentemente sem nenhum “problema mental’’ a surtar? As pressões do dia a dia, a miséria, o abandono, a falta de amor, os outros, a profissão? “Relatos de Professores” é um texto pertinente para o momento de caos educacional em que vivemos. Esta peça não é sobre professores “à beira de um ataque de nervos”, mas sobre pessoas num mundo em colapso, a cada dia mais esquizofrênico e psicótico. É sobre muitos de nossos fantasmas, pois quem nunca viveu a realidade de uma sala de aula, seja como professor ou aluno? Sempre me sinto honrado quando alguém leva um texto meu aos palcos. Estou ansioso para assistir à montagem, pois é a primeira vez que tenho um texto montado por um elenco que não conheço.  
Sobre o autor

Aluysio Abreu Barbosa

[email protected]

BLOGS - MAIS LIDAS