Obra no Liceu foi autorizada
Camilla Silva 22/02/2019 21:52 - Atualizado em 25/02/2019 17:36
Inepac e Educação explicaram a situação
Inepac e Educação explicaram a situação / Isaias Fernandes
Uma foto sobre uma suposta intervenção no Solar do Barão da Lagoa Dourada ganhou as redes sociais e gerou polêmica nesta semana. Na imagem compartilhada por diversos perfis, três torres de ar-condicionado aparecem em destaque sobre o terraço do local onde, desde 1884, funciona o Liceu de Humanidades de Campos, escola da rede estadual de ensino. O prédio é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) há pouco mais de 30 anos. O órgão de proteção de patrimônio público afirma que, alteração realizada em obra de 2013, foi autorizada. Já a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) descarta qualquer informação de mudança na estrutura do prédio.
— Observando a foto enviada, o que chamou a atenção de algum leitor foram os condensadores de ar-condicionado instalados na laje da cobertura do Liceu de Humanidades de Campos. Esses equipamentos foram instalados na obra de 2013/2014 a cargo da Concrejato, e contrato da Emop (Empresa de Obras Públicas do Rio de Janeiro). O Inepac acompanhou esta obra. Visto de um ângulo da rua, os condensadores não aparecem muito. Mas no ângulo em que a foto foi tirada eles são mais visíveis — informou Roberto Anderson Magalhães, Diretor-Geral do Inepac.
Segundo a Seeduc, a direção da unidade escolar informou que não é verdadeira a informação de construção sobre o prédio do Liceu de Humanidades de Campos.
— Houve somente o serviço de manutenção nos condensadores de aparelhos de ar, localizados no mirante da unidade, sem quaisquer alterações na estrutura do prédio — informou em nota.
História - A escola funciona em um palacete de estilo neoclássico do espólio de José Martins Pinheiro, o Barão da Lagoa Dourada, um dos mais ricos edifícios da cidade naquela época. O solar foi construído entre 1861 e 1864 para abrigar a família do nobre até a fatalidade de seu suicídio. A instalação no prédio aconteceu no dia 1 de março de 1884. O tombamento do local foi realizado em 1988 pelo Inepac.
O mapa de Cultura, projeto patrocinado pela Petrobrás, informa que “a instituição, graças a seu ensino de alta qualidade, colocou Campos entre as cidades-polo na área de educação do país. A escola também é conhecida por ter acolhido em seus bancos personagens de grande importância nacional, como o ex-presidente Nilo Peçanha”.

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