Marcola e outros 21 membros do PCC transferidos para presídio federal
13/02/2019 23:12 - Atualizado em 20/02/2019 19:01
Apontado como a principal liderança do PCC, facção criminosa de São Paulo, que estabelece relações com o tráfico no Rio de Janeiro, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, vai ser transferido para um presídio federal na capital de Rondônia, em Porto Velho. A mudança faz parte da transferência de 22 detentos que estavam no presídio de Presidente Venceslau, no interior do estado. Inicialmente, os presos ficarão 360 dias sob custódia federal, sendo os primeiros 60 dias em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
A ação integrou diversos órgãos estaduais e federais: as secretarias de Segurança Pública e de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, a Força Aérea Brasileira (FAB), o Exército Brasileiro, a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
No pedido formulado à Justiça pelo Ministério Público de São Paulo (MP), os promotores dizem que investigações apontavam a existência de planos para tentar libertar Marcola. “Os alvos da ação já teriam gasto dezenas de milhões de dólares nesse plano, investindo fortemente em logística, compra de veículos blindados, aeronaves, material bélico, armamento de guerra e treinamento de pessoal”, afirma o documento.
O governador de São Paulo, João Doria, garantiu que foram tomadas medidas preventivas para impedir retaliação de membros da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) após a transferência de líderes para presídios federais.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou o aumento da segurança na Penitenciária Federal de Brasília. A portaria prevê que o reforço caberá à Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), que fará ações de policiamento de guarda e vigilância no perímetro interno da penitenciária. De acordo com a portaria, a Força Nacional atuará em caráter episódico e planejado pelo período de 90 dias. Caso haja necessidade, o prazo poderá ser prorrogado.

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