Comunidade Lagomar, de Macaé-RJ, queima ônibus em protesto contra desaparecimento de jovem em baile funk. População atribui o desaparecimento à Polícia. Veja fotos e saiba mais!
Tostes 30/12/2015 11:30
[caption id="attachment_222" align="aligncenter" width="611"]Fotos: Comunidade de Lagomar, Macaé-RJ Fotos: Comunidade de Lagomar, Macaé-RJ[/caption] A comunidade do bairro Lagomar, de Macaé-RJ, queimou um ônibus, ontem (29), em protesto contra o desaparecimento de um jovem que estava em um baile funk na Rua 22. Segundo relatos da comunidade - concedidos à imprensa regional -, o jovem, identificado como Erickson, teria sido visto pela última vez dentro de uma viatura da Polícia Militar (PM) de Macaé. Moradores também fecharam ruas, em protesto, e tentaram ocupar uma Delegacia de Polícia, exigindo informações sobre o paradeiro do jovem. Os relatos da comunidade dão conta de que policiais abordaram um grupo de jovens, durante o baile funk, e agrediram um dos rapazes. Erickson teria questionado a agressão dos policiais, e então teria sido levado por eles, desaparecendo logo em seguida. O ônibus incendiado é do Sistema de Transporte Integrado (SIT). Até o horário de publicação deste post, a Polícia Militar de Macaé não havia se pronunciado sobre o caso, à imprensa. Veja aqui neste link um pequeno vídeo do protesto. _____________________ [[[ MAIS ]]] Você, que leu este post, pode ter interesse neste aqui, que fala das mortes assinadas pela Polícia Militar na cidade do Rio de Janeiro.  Conheça também a campanha da Anistia Internacional Brasil “Jovem Negro Vivo”, que dá estatísticas sobre os alvos dos homicídios cometidos no país (os alvos são os jovens), e baixe aqui neste link o relatório “Você matou meu filho! – Homicídios cometidos pela Polícia Militar na cidade do Rio de Janeiro”. Se informe também, aqui neste post, sobre o projeto de Lei que acaba com os chamados "autos de resistência", prática da época da ditadura que dificulta investigações imparciais de homicídios assinados por policiais. RELEMBRE TAMBÉM O CASO AMARILDO, AQUI NESTE LINK. No mês passado, por unanimidade de votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou o pedido de habeas corpus a Reinaldo Gonçalves dos Santos, um dos policiais militares acusados pela morte do pedreiro Amarildo Dias de Souza, crime ocorrido em julho de 2013 na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro. O acusado foi denunciado pela suposta prática do crime de tortura resultante em morte, ocultação de cadáver e formação de quadrilha ou bando armado. De acordo com os autos (relatos de policiais), Amarildo de Souza teria sido levado à sede da UPP na favela da Rocinha, supostamente com o objetivo de fornecer informações sobre o local em que uma facção criminosa guardaria armas e drogas. Segundo a acusação formulada pelo Ministério Público estadual, ele não resistiu a uma sessão de torturas e morreu dentro da própria unidade. Os 25 denunciados são policiais militares que atuavam na UPP.  

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    Thaís Tostes

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