Mineiraço: Brasil é massacrado por 7 a 1 pela Alemanha, na maior goleada da sua história
Aluysio
Marcelo perdeu a bola na ponta esquerda e gerou contra-ataque pela direita, com Khedira e Müller. O lateral brasileiro correu para se recuperar e ceder o escanteio. Líder de assistências na Copa, Kross bateu o escanteio da direita e Müller apareceu sozinho dentro da área para fazer seu quinto gol nesta Copa. Erro primário de posicionamento de toda a defesa brasileira no lance de bola parada, sobretudo de David Luiz, que faz uma grande Copa,  mas marcou a bola. Aos 21 minutos, Fernandinho furou uma bola na entrada da área, que sobrou para Kross tocar na direita para Müller, dentro da área. Ele serviu a Klose, que chutou e Júlio César defendeu, mas a bola sobrou o para centroavante fazer o segundo gol alemão no jogo e seu na Copa, chegando aos 16 marcados em todos os Mundiais, deixando para trás o recorde de Ronaldo. Aos 23, o meia Ozil enfiou o lateral Lahm no apoio, que cruzou da ponta direita. Dentro da área, Müller furou a bola, mas não Kroos que bateu no canto direito de Júlio César. Aos 26, os primeiros torcedores começam a abandonar o Mineirão. Aos 27, o meia Kroos roubou a bola de Fernandinho, recebeu de volta dentro da área após tabela com Khedira, e bateu forte dentro da área para fazer seu segundo gol no jogo: Alemanha 4 a 0. Aos 28, o zagueiro Hummels roubou uma bola na raça e lançou Khedira, que tocou para Ozil dentro da ártea, na direita. Ele devolveu para Khedira marcar totalmente à vontade o quinto gol. Aos 32, a minoria alemã nas arquibancadas começou a gritar olé para o toque de bola do time que, dentro do campo, parecia maioria. Aos 39, os torcedores brasileiros começaram a vaiar seu time. Aos 40, ecoou das arquibancadas do Mineirão o mesmo coro ofensivo que gerou tanta polêmica na abertura da Copa, no Itaquerão: “Ei, Dilma, vai tomar no c(...)!”   Atualizado às 17h55   No segundo tempo o Brasil voltou com Ramires no lugar de Hulk e Paulinho, no de Ferandinho. Na Alemanha, saiu o zagueiro Hummels para a entrada de outro, Mertesacker. Aos 5, aos 6 a aos 7 minutos, em duas conclusões de Oscar, e em outras duas, no mesmo lance, de Paulinho, Neuer faz quatro grandes defesas. Mas a torcida que ainda restava ao Mineirão volta a gritar “Brasil” das arquibancadas. Aos 12, Klose saiu aplaudido por alemães e brasileiros como o maior artilheiro da história das Copas. Em seu lugar, entra Schürrle. Aos 13, Fred bate de fora da área e é vaiada sonoramente pela torcida, que depois repete contra ele o coro que já tinha cantado no final do primeiro tempo para a presidente Dilma: “Ei, Fred, vai tomar no c(...)!” Aos 15, Müller bateu de fora da área pela direita, de curva. Antes da bola entrar no ângulo osposto, Júlio César voa e troca de mão para fazer uma defesa excepcional. Aos 16, David Luiz lança Maicon dentro da área, pela direita. Mas no lugar de tentar a jogada, o lateral repete um hábito da Seleção nesta Copa, cai para tentar simular um pênalti e é vaiada pela própria torcida. Aos 17, o telão do Mineirão mostra Ronaldo, que viu seu recorde ser batido por Klose, enquanto comentava o jogo pela Globo. Ele também é vaiado pela torcida. Aos 20, a torcida volta novamente a entoar o coro contra a presidente da República: “Ei, Dilma, vai tomar no c(...)!” Aos 23, Lahm lança Khedira pela ponta direita, penetra pela pela área e recebe de volta e cruza para Schürrle marcar o sexto da Alemanha. Felipão aproveita enquanto a torcida ainda estava atônita para tirar Fred de campo, que era tão perseguido pelas vaias do torcida brasileira, quanto foi na Copa inteira o Diego Costa. Aos 32, apesar da imensa inferioridade numérica, os cantos intraduzíveis da torcida alemã ecoam sobre o silêncio sepulcral da brasileira. Aos 33, num contra-ataque, Müller cruza da ponta esquerda. David Luiz, que tentava apoiar o ataque, chega atrasado na marcação de Schürrle, que domina de perna direita e emenda uma patada de canhota, no ângulo de Júlio César. Alemanha 7 a 0. Aos 34, a torcida brasileira que ainda restava perde a paciência e passa a vaiar generalizadamente a Seleção Brasileira. David Luiz é único poupado. Aos 36, na linha de passe da seleção alemã no campo defensivo do adversário, brasileiros e germânicos gritam “olé!” das arquibancadas a cada toque da bola de pé em pé. Aos 44, em outro contra-ataque, Özil sai de cara com Júlio César, na entrada da área brasileira. O meia alemão toca com consciência, mas a bola sai pela linha de fundo, rente à sua trave direita. Aos 45, Marcelo lança Oscar, que recebe na área, domina, dribla Boateng, e bate da altura da marca do pênalti sem chance para Neuer. Foi o gol de honra, naquela que pôde existir na maior derrota da Seleção Brasileira em todos os tempos.  
Sobre o autor

Aluysio Abreu Barbosa

[email protected]

BLOGS - MAIS LIDAS