Sobe confiança nos veículos tradicionais
- Atualizado em 25/03/2020 09:01
Confiança da população
Os jornais impressos e os programas jornalísticos de TV lideram o índice de confiança da população brasileira na divulgação de informações sobre a pandemia do coronavírus. De acordo com levantamento do Datafolha, realizado na última semana, os meios de comunicação da imprensa profissional são vistos pela população como os mais confiáveis na divulgação de informações. Enquanto isso, redes sociais e aplicativos de mensagens são vistos como pouco confiáveis em meio à pandemia. Segundo o levantamento, programas jornalísticos da TV (61%) e jornais impressos (56%) lideram no índice de confiança.
Números do Datafolha
Ainda sobre a questão da confiança da população, aparecem os programas jornalísticos de rádio (50%) e sites de notícias (38%). Em posição oposta à imprensa profissional estão os conteúdos que vêm de WhatsApp e Facebook. Nas duas plataformas, apenas 12% dizem confiar em informações sobre o coronavírus. Nelas, o índice dos que dizem não confiar nas informações atinge 58% (WhatsApp) e 50% (Facebook). Por outro lado, o índice dos que dizem não confiar nas informações sobre a pandemia é de 11% nos jornais e de 12% nos telejornais. Os sites de notícias têm a desconfiança de 22%.
Perplexidade
O pronunciamento do presidente da República, nessa terça-feira (24), em cadeia de rádio e TV, no qual criticou as medidas de isolamento que estão sendo adotadas no combate ao coronavírus e o papel da mídia em, segundo ele, criar pânico, gerou reações de integrantes da Câmara e do Senado. Presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM), que testou positivo para a Covid-19, afirmou em nota: “Neste momento grave, o país precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população. Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje (ontem), em cadeia nacional, de ataque”.
Perplexidade (II)
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) se manifestou pelo Twitter: “Desde o início desta crise venho pedindo sensatez, equilíbrio e união. O pronunciamento do presidente foi equivocado ao atacar a imprensa, os governadores e especialistas em saúde pública”. Ele ainda recomendou: “Cabe aos brasileiros seguir as normas determinadas pela OMS [Organização Mundial da Saúde] e pelo Ministério da Saúde em respeito aos idosos e a todos que estão em grupo de risco”.
Perplexidade (III)
Representantes de Campos na Câmara dos Deputados também se manifestaram. Em seu perfil no Instagram, Marcão Gomes (PL) compartilhou a nota de Alcolumbre. Wladimir Garotinho (PSD) se posicionou pelo Twitter: “Discurso desastroso em rede nacional. Os brasileiros precisam de um líder, não de alguém que divida ainda mais o país em um momento de pânico e incertezas. Entre as opiniões próprias e a ciência, não hesite nunca. Lamento escrever isso, torço pelo Brasil, mas a bola fora foi grande”.
Medidas da Ferj (I)
Diante da imprevisibilidade do tempo de duração da pandemia do novo coronavírus, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) anunciou nessa terça (24) o cancelamento de algumas competições profissionais e da base, entre elas a Copa Rio, que seria disputada pelo Goytacaz. Também informou que as Séries B1 e B2 do Campeonato Estadual, inicialmente previstas para começar no final de maio, não deverão ser iniciadas antes de 28 de junho. Goyta e Campos Atlético vão disputar a Série B1.
Medidas da Ferj (II)
A Ferj ainda não informou o que será feito em relação à Série A do Campeonato Estadual, atualmente paralisada. Já garantido na Seletiva do próximo ano, o líder Americano tem apenas um jogo por fazer no Grupo Z, contra o America, em Cardoso Moreira, sem data definida. Na Taça Rio, o Norte Fluminense é representado pelo Macaé Esporte, que antes da paralisação respirou na luta contra a “queda” para a fase preliminar. Entre as competições canceladas ontem, também estão a Série C do Estadual e a Taça Cidade Maravilhosa de Profissionais, os Torneios Guilherme Embry sub-16 e Otávio Pinto Guimarães (OPG) sub-20, entre outras.

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