Fechamento de lojas preocupa presidentes da CDL e Acic
24/03/2020 00:16 - Atualizado em 08/05/2020 17:29
O quadro de incertezas e perspectivas sombrias em relação ao futuro dos negócios em Campos devido à medidas para conter o avanço do coronavírus preocupa. Nesta segunda-feira, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos, Orlando Portugal, revelou que entidades como a Confederação nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e a Federação das Câmara de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio (FCDL), junto com a Federação do Comércio do Estado encabeçam um movimento para propor ao governo federal alternativas para amenizar os efeitos que estão por vir com o fechamento do comércio em todo país.
“As entidades estão elaborando propostas para a crise que vai se agravar com o fechamento das lojas. A intervenção direta do governo é uma das saídas com o pagamento de seguro desemprego aos que ficarão sem trabalho até mesmo para evitar um caos social. As empresas não tem capital de giro para aguentar. Vamos mostrar a realidade de quem vê a situação de perto”, disse.
Outra medida deve ser direcionada aos bancos. “Precisamos que títulos sejam adormecidos, e não protestados. O lojista não vai pagar não porque não quer, mas por razões de força maior. A situaçaõ é excepcional”, argumentou.
Já o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Leonardo de Abreu, vê o fechamento das lojas com preocupação. “Como empresário não concordo porque vai diminuir ainda mais o movimento. Porém como ser humano, entendo que não tem outra alternativa a não ser fechar, para evitar a proliferação do coronavírus em ambiente com aglomeração”, explicou.
Leonardo disse que os empresários já vinham de uma crise intensa. “Acreditávamos que após o Carnaval viria a recuperação da economia. No entanto, a situação nos levará a um quadro muito negativo, onde muitas das empresas terão que dar férias ou até demitir. Mesmo assim, muitas delas nem terão fundo de caixa para arcar com estas despesas. O momento é de apreensão, mas de criatividade, como fazem alguns empresários que oferecem serviço de delivery, para ajudar a população e garantir um pouco as vendas”, finalizou.

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