Comitê Tóquio-2020 não descarta adiamento dos Jogos Olímpicos
Matheus Berriel 23/03/2020 18:55 - Atualizado em 24/03/2020 18:49
Presidente e o CEO do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2020, respectivamente, Yoshiro Mori e Toshiro Muto falaram nesta segunda-feira (23) sobre a possibilidade de o evento ser adiado em virtude da pandemia do novo coronavírus. O cancelamento, contudo, é rechaçado pela organização, que tem influência. A decisão final é do Comitê Olímpico Internacional (COI).
— Primeiro de tudo: sobre cancelamento, nunca consideramos isso. É inimaginável. O adiamento não é o primeiro caminho de ação, mas não podemos não considerar isso — disse Yoshiro Mori.
O presidente do Comitê Tóquio-2020 indicou que a pandemia é considerada “uma questão estabilizada” no Japão, mas que há ciência da situação em outros países. 
— Não podemos deixar nossa guarda baixa sobre isso, especialmente porque nos Estados Unidos, Europa e novas áreas estão sob situações extremas agora. Entendemos isso, ouvimos muitas opiniões, de muitos países, sobre realizar os Jogos como planejado inicialmente. Não somos tolos — pontuou.
 
 
O CEO Toshiro Muto falou sobre as dificuldades para o adiamento devido ao planejamento feito para que a Olimpíada aconteça de 24 de julho a 09 de agosto deste ano.
 
 
— Há muito envolvido. Trabalhamos por seis anos para essas Olimpíadas começarem em 24 de julho, esse trabalho terá que ser refeito. Claro, a segunda vez deve ser mais eficiente. Entretanto, fizemos muitos contratos que já estão prontos, e revisar esses contratos não é uma tarefa fácil — apontou Toshio.
No último sábado (21), o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) defendeu o adiamento dos Jogos para 2021, em período equivalente ao originalmente marcado, entre o fim de julho e a primeira quinzena de agosto.
— Como judoca e ex-técnico da modalidade, aprendi que o sonho de todo atleta é disputar os Jogos Olímpicos em suas melhores condições. Está claro que, neste momento, manter os Jogos para este ano impedirá que este sonho seja realizado em sua plenitude — afirmou o presidente do COB, Paulo Wanderley.
Por Matheus Berriel, com informações do Globoesporte.com e do COB.

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