Desdobrando a nota publicada ontem aqui, fiz contato hoje com o Ministério Público Estadual, que confirmou que há cerca de 166 guardas municipais, dentro do efetivo aproximado de 800 membros da Guarda Municipal, que têm antecedentes criminais.

Boa parte destes antecedentes criminais estão diretamente relacionados à sua atividade profissional. O Ministério Público não revelou nomes e esclareceu que a investigação se tornou necessária diante do elevado número de denúncias anônimas apontando crimes e desvios de alguns guardas municipais.

Pesou também o fato de ter sido encontrado arma ilegal e drogas em uma de suas sedes, descobertos na investigação do caso Patrícia Gonçalves, cujo assassinato ocorreu dentro das cercanias da Guarda, com intermediação e execução por guardas, segundo consta em denúncia criminal que os levou à prisão.

Por outro lado, o Ministério Público fez questão de afirmar que o estudo acaba indicando que a maioria da Guarda Municipal é formada por homens de bem, sem passagem policial, pessoas compromissadas com os serviços que realizam.

O procedimento investigatório servirá para subsidiar recomendações e ações judiciais das Promotorias de Justiça de Campos. Sem antecipar as ações que serão tomadas, ficou claro que a implantação de uma Corregedoria deve ser uma delas.

Apesar de determinada por lei e de todos os problemas já citados acima, informados em matérias nos principais veículos da cidade, a Corregedoria nunca foi implantada pela Prefeitura de Campos, o que poderia ter evitado muitos dos problemas existentes.