Os nomes das espécies dizem muito sobre elas...
Podem justificar alguma característica da planta ou revelar particularidades de seu comportamento. Descubra a seguir a história por trás de algumas espécies bastante conhecidas...
1. Gloriosa O nome-adjetivo combina perfeitamente com esta trepadeira da família do lírio. Suas flores, vermelhas e amarelas, são muito vistosas. Sofrem uma torção, ou seja, os estames ficam totalmente à vista sob as pétalas recurvadas. Aparecem na primavera e no verão.
Boca-de-leão
Pressione as flores tubulares, com dois lábios desiguais, e entenderá por que esta herbácea da região Mediterrânea leva este nome. A boca-de-leão é produzida em diversas cores, na primavera e no inverno. Precisa de pleno sol para formar maciços em jardineiras ou bordaduras.
Brinco-de-princesa As flores pendentes justificam o nome popular desta herbácea cultivada a pleno sol em vasos e jardineiras. Saiba que a cor fúcsia surgiu após a designação científica do brinco-de-princesa.
Dama-da-noite O perfume forte, exalado à noite, assim que as flores se abrem, é um atrativo a mais para a polinização, feita por mariposas. Não é à toa que esta trepadeira ganhou o título de dama-da-noite. Floresce várias vezes por ano e é cultivada em parques e jardins, cobrindo cercas.
Flor-da-paixão
O nome popular da flor do maracujá foi dado por monges e está associado à paixão de Cristo. Isso porque a flor tem uma franja que remete à coroa de Jesus e cinco estames que simbolizam suas chagas. A trepadeira nativa do Brasil produz o maracujá doce.
Copo-de-leite Da mesma família da jibóia e da costela-de-adão, esta herbácea africana tem uma excepcional flor de corte que lembra uma taça cheia de leite, daí copo-de-leite. Está associada a locais brejosos, muito úmidos, mas aceita cultivo a pleno sol e à meia-sombra.
Lança-de-são-jorge A herbácea leva o nome de um orixá porque é comumente usada nos cultos de umbanda. Suas folhas são cilíndricas, longas e pontiagudas, por isso são chamadas de lanças. Existe a crença popular de que essa espécie protege contra o mau-olhado.
8. Gota-de-orvalho Ao contrário de sua parente, a dama-da-noite, esta herbácea rasteira tem flores que se abrem com o amanhecer. Quando substitui a grama, formando um conjunto, suas flores brancas e pequenas parecem gotas de orvalho sobre o verde de suas folhas.
9. Amansa-senhor Curioso, o nome popular desta árvore explica o uso de suas folhas como sedativo na medicina popular. O vermelho intenso de sua flor, formada entre os meses de maio e junho, a torna bastante ornamental. Ideal para a arborização de parques, praças e jardins.
10. Comigo-ninguém-pode
A explicação é científica: com o auxílio de um microscópio, nota-se a presença de pequenos cristais dentro das células de suas folhas. Se ingeridos, instalam-se na traquéia e criam um edema que pode levar à morte.
11. Maria-sem-vergonha
Com saudades do Palácio de Viena, o imperador d. Pedro 1º trouxe sementes de Impatiens, que foram plantadas no Jardim Botânico. O que não se imaginava na época é que a espécie se adaptaria tão bem. Por “dar” em qualquer clima e local, ganhou o nome vulgar de maria-sem-vergonha.
12. Agapanto O nome científico desta herbácea africana, cultivada em jardineiras, canteiros ou bordaduras a pleno sol ou à meia-sombra, é Agapanthus africanus. Vem do grego ágape, que significa amor, e anthos, flor.
13. Primavera O arbusto brasileiro ganhou o mundo e compõe jardins por todos os lados. Suas flores nascem entre o outono e a primavera – vem daí o nome popular mais conhecido. No entanto, a parte mais chamativa da planta é formada pelas suas brácteas: folhas modificadas e coloridas que atraem polinizadores e dão proteção à flor minúscula.
14. Dinheiro-em-penca O nome sugestivo está relacionado ao crescimento rápido desta herbácea com folhas em forma de moeda. É freqüentemente usada em projetos de Feng Shui para atrair prosperidade. Utilizada como forração, à meia-sombra, forma volumosos canteiros e, em vasos, ganha aspecto pendente.
15. Flor-batom O vermelho-carmim das flores explica o seu nome popular, mas há quem diga que o formato também é bem parecido com o de um batom. É cultivada em vasos e jardineiras como planta pendente ou como forração, à meia-sombra ou em locais livres de sol direto.
Tudo tem um porquê...
Com afeto,
Beth Landim