Diárias suspeitas na Uenf investigadas pelo MP rendem matéria no JB
Esdras 28/10/2013 18:02

Nuvem de fumaça

A ampla reportagem publicada pelo Jornal do Brasil sobre suspeitas de irregularidades nas diárias de viagem, compra de tomógrafo e nepotismo na Uenf provocaram um intenso corre-corre naquela universidade. Denúncias semelhantes já haviam sido publicadas pela revista Somos Assim. Na ocasião, a reitoria da universidade minimizou os fatos, agora, anos depois, divulgou em tempo recorde uma nota oficial que, apesar de extensa, apenas nega irregularidades sem apresentação de documentos que provem isso. Quanto às desculpas sobre a estranhíssima aquisição de um tomógrafo para o seu Hospital Veterinário, não dá para justificar eventuais ilegalidades apenas declarando: “um tomógrafo que não foi adquirido com recursos da Universidade e sim por projeto de pesquisa dos docentes envolvidos”. Cabe à universidade fiscalizar a origem e a aplicação dos fundos utilizados, sejam eles estaduais ou federais, e não permitir que eventuais frutos de negócios pouco recomendados ocupem espaço nobre em seu campus. Mas essas explicações deverão ser compulsoriamente dadas as autoridades, já que, sistematicamente, a Uenf se nega a prestar esclarecimentos quando se trata de atos administrativos duvidosos. [caption id="attachment_4796" align="aligncenter" width="630" caption="Muita coisa ainda precisa ser explicada"][/caption] Muito mais precisa ser explicado. Como a aquisição de centenas de aparelhos de TV por um preço acima do mercado na época (882 mil reais) e sem ao menos terem instalação elétrica ou salas suficientes para instalá-los. Em comparação feita na época, se fossem compradas na Casas Bahia poderia ter sido feita uma economia de 170 mil reais. Além disso, licitações de obras de quiosques com projetos iguais, mas com preços diferentes; placa oficial falsa colocada sobre a original em carro particular alugado para uso do ex-reitor; as polêmicas obras do Restaurante Universitário, o Bandejão, que foram parcialmente pagas e paralisadas; e andaimes contratados por R$ 212 mil para pintura externa dos prédios da universidade e não utilizados, sendo substituídos por perigosas e proibidas cadeirinhas artesanais, o que elevou a autuação pelo Ministério Público Federal do Trabalho. É prática comum e hereditária na reitoria daquela universidade tentar jogar uma nuvem de fumaça sempre que é questionada por assuntos, digamos, utilizando de eufemismo, incômodos. Leia matéria do Jornal do Brasil AQUI Leia Nota Oficial da Uenf AQUI

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