Primeiro gostaria de registrar que participei pelo segundo ano consecutivo da GFA Rio de Janeiro, e em 2014 estarei lá novamente, se Deus quiser. A prova é muito bem organizada, com uma excelente estrutura e prima pelo respeito ao corredor. Mas gostaria de sair um pouco desse senso comum e registrar algumas situações que poderiam melhorar ainda mais a prova:
- data: abril ainda é quente no Rio. Mesmo com o sol encoberto a principio, com menos de 01 hora de prova já sentiamos o calor. Imagino como foi a chegada de quem terminou a prova com tempo próximo a 02:00. Penso que em junho ou julho seria muito melhor.
- percurso: para uma prova que tem como slogan o fato de ser muito rápida ( e é), ter uma subida como a do Joá depois de 17km de prova pulveriza o pace da maioria dos atletas. É impossivel para os atletas normais manter, por exemplo, um pace de 04:30 naquele aclive. Porque não fazer como a Maratona Internacional do Rio que dá algumas voltas ainda na Barra como forma de terminarmos antes da subida? Com certeza os tempos que já são bons, seriam ainda melhores.
- Gatorade: como sugestão para o patrocinador = foram distribuidos antes da corrida sachês com o gatorade. O que mais ouviamos era os atletas comentando que finalmente conseguiriam tomar o isotônico durante a prova, pois no copo fica muito mais dificil (entorna, cai nos olhos, etc.). Alem de que o desperdicio é enorme com a utilização dos copos, basta ver como fica o piso nos postos de hidratação (além de muito escorregadio); mas isso não aconteceu: durante a prova estavam lá novamente os copinhos.
- cronômetros: excelente a idéia de ter diversos cronômetros espalhados por todo o percurso. Auxilia muito aqueles que não possuem equipamentos com gps a terem uma noção de como está seu pace. Gostaria de sugerir que tal cronômetro fosse colocado também dentro dos túneis. Por que? Porque dentro deles os GPS não funcionam e aqueles que utilizam tal equipamento ficam perdidos.
- guarda-volumes: esse foi na minha opinião o ponto fraco da corrida. Como funciona normalmente: você entrega seus volumes, a organização coloca num saco plastico, lacra e anota com pincel atômico o seu numero. Na chegada você entrega o ticket que estava preso no seu número de peito e retira seu kit. Porém na GFA as pessoas que estavam recolhendo os volumes nos ônibus fizeram totalmente diferente: não havia sacos plásticos, estavam pedindo o ticket antes da largada para prende-lo no seu volume. Alem disso mostraram muito despreparo pois tentamos argumentar que esse seria nosso "recibo" para retirarmos o volume e ainda ouvimos algo do tipo: "estão pensando que alguém aqui vai roubar suas coisas?".
Enfim, na chegada o que vimos foram corredores que ficavam até 30 minutos aguardando seus pertences serem localizados pois não estavam organizados por ordem alguma.
Espero ter contribuido para a melhoria da prova, pois repito que na condição de atleta amador (aquele que ama a corrida) e que já participou de inúmeras provas no Brasil e no exterior poucas vezes vi uma prova tão bem estruturada.
Sergio Leite
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Sobre o autor
Marcos Almeida
[email protected]Marcos Almeida é assessor esportivo, especialista em Ciência da Musculação e mestre em Ciência da Motricidade Humana.