Atletas que correm junto com os portadores de necessidades especiais nas Paraolimpiadas? (Por Sérgio Leite)
Marcos Almeida 21/03/2013 21:54

 

[caption id="attachment_8503" align="aligncenter" width="360" caption="Terezinha Aparecida Guilhermina"][/caption] Você já leu alguma coisa a respeito dos atletas que correm junto com os portadores de necessidades especiais nas paraolimpiadas? Tenho um amigo que me escreveu perguntando a respeito.

Eu acredito que não exista a possibilidade de atletas amadores serem "voluntarios", até porque o entrosamento da dupla tem que ser muito grande.

Mas essa é a minha opinião. Confesso que nunca vi ou li nada que explique como são escolhidos esse atletas... Já imaginou participar de um evento desta magnitude?

Sergio Leite

Atualizado às 5:40 de sexta (22) relacionado a conteúdo.

N/E: Serginho, aqui vão algumas respostas através das Regras de Atletismo para os Atletas Invisuais.

7.4 Métodos de condução 7.4.1 Sugere-se que os atletas tragam seus próprios guias para a competição. Entretanto, os organizadores providenciarão um guia, desde que a necessidade seja indicada, com antecedência, na ficha de inscrição (juntamente com detalhes específicos do tipo de condução necessário). 7.4.2 Na competição, atleta e guia serão considerados uma equipa. 7.4.3 Assim que o atleta cego cruzar a linha de chegada, o guia deve estar necessariamente atrás dele. 7.4.4 O método de condução é da escolha do atleta. Este pode optar por ser guiado via cotovelo, ou com um cordão, ou ainda correr livre. Além disso, o corredor pode receber orientações verbais do guia. Bicicletas ou outros meios mecânicos de transporte não podem ser utilizados por guias. 7.4.5 Em nenhum momento o guia pode arrastar o atleta ou impedi-lo a ir adiante com um empurrão. Qualquer infracção nesse sentido conduzirá à desclassificação do atleta. 7.4.6 Utilizando ou não uma corda, como método de condução, o atleta e o guia não deverão estar separados por mais de 0.5 m de distância, em nenhum momento da prova. NOTA: Quando situações acidentais ou extraordinárias induzirem à violação da condição acima será de inteira responsabilidade do oficial técnico da IBSA decidir a favor ou contra a desclassificação do atleta. Os princípios utilizados para tomar tal decisão incluirão uma consideração sobre algum perigo passado ou desvantagem sofrida por outro competidor, na mesma prova. 7.4.7 Para as corridas de pista em médias e longas distâncias (acima de 400 m) serão permitidos dois guias. Permite-se apenas uma troca de guia para cada corredor. A troca (substituição) deve ocorrer sem prejudicar os demais corredores e deve ser realizada apenas na recta da partida. A intenção da troca de guias deverá ser notificada antecipadamente ao juiz (fiscal) de pista e ao oficial técnico da IBSA. Os oficiais técnicos determinarão as condições da substituição e comunicá-las-ão, antecipadamente, aos competidores. 7.4.8 Os atletas guias devem vestir um colete cor de laranja, a fim de serem claramente diferenciados dos competidores. Tais coletes serão providenciados pelo Comité Organizador, após consulta e aprovação do oficial técnico da IBSA. 7.5 Blocos de largada 7.5.1 Competidores das classes B1 e B2 nas provas de 100-400 m poderão optar por partir com ou sem bloco, ou ainda partir de pé. 7.6 Prova de maratona 7.6.1. A prova da maratona será realizada com a participação de atletas das classes B1, B2 e B3, ao mesmo tempo. 7.6.2 Na maratona, os organizadores providenciarão números que distingam os participantes entre uma classe e outra (B1, B2 e/ou B3). 7.6.3 Competidores e guias devem receber assistência nos postos de alimentação. NOTA: Os organizadores devem garantir que os oficiais estejam cientes dos problemas específicos da segurança, relacionados ao fornecimento de bebidas aos atletas cegos e portadores de visão sub-normal e, além disso, devem proporcionar um treino adequado a todos os assistentes envolvidos nesse processo. Regulamento na íntegra, aqui!

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Sobre o autor

    Marcos Almeida

    [email protected]

    Marcos Almeida é assessor esportivo, especialista em Ciência da Musculação e mestre em Ciência da Motricidade Humana.

    BLOGS - MAIS LIDAS