SUPERAÇÃO: limites e caminhos
lucianaportinho 15/12/2012 10:57
Gestão Profissional no Ensino Superior brasileiro: Limites e caminhos para superação [caption id="attachment_5422" align="alignright" width="223" caption="Ft. Google"][/caption] André Raeli Gomes Perceber e entender a realidade gestora do ensino superior brasileiro tem sido objeto de pesquisa da grande maioria dos gestores educacionais. Discutiam-se mídias digitais como a grande vertente do crescimento. Recursos, tecnologias, ambientes virtuais de aprendizagem se tornariam a diferença competitiva até que, adquirir técnicas gestoras seria condição de sobrevivência nesse terreno sombrio, de intempéries constantes (BRAGA, 2010). O caminho então passa a ser avaliar o que funciona e o que não funciona na IES. Aborta uma estrutura amadora, em suas práticas; conservadora, na gestão e; negligente, quanto a cobranças de resultados (BRAGA, 2010). Começa a equilibrar a proporção atividades meio e fim. Inicia um processo de controle de inputs (entradas) e outputs (saídas), desde o mais elementar insumo até o acompanhamento do egresso como a mais nobre ferramenta de marketing da IES. Diante do cenário eminente de profissionalização do saber e da forma de ensinar o saber, o primeiro passo é enxergar o “como fazemos” e propor uma convergência com o “como fazer”. As IES crescem em forma, conhecimento e visibilidade. Discutir princípios gestores é prioritariamente definir “Planejamento Estratégico” (FALCONI, 2009) Como definir tal planejamento de ações futuras se os envolvidos são meramente “acadêmicos”? É preciso, nesse momento, aliar de forma prioritária, princípios administrativos ao conhecimento científico, já propostos por Taylor há bastante tempo (TAYLOR, 1995). Transformar o Coordenador Acadêmico em Gestor Acadêmico é sem dúvida o insight necessário nessa virada de década para tornar o Curso e, sobretudo a IES, viva e detentora de uma inteligência competitiva oriunda de um processo de gestão antecipatória, onde possibilita a Instituição adequação às mudanças de mercado (MAXIMIANO, 2002). O grande desafio então é – antes de discutir e cobrar resultados – “capacitar os escolhidos” ou “escolher os capacitados”? Sem dúvida, a primeira alternativa será a escolhida. “Garantir o papel de cada um no esforço empresarial” (FALCONI, 2009). O staff já está definido, o que se deve trabalhar é disseminação da governança corporativa, ou seja, a forma da IES pensar e agir. Uma vez adquirida, envolver os principais atores no processo gestor será conseqüência. Reduzir o turnover de pessoal é o carro chefe do processo, uma vez que o conhecimento é capturado pelo gestor, instigá-lo a participar como administrador do seu curso é uma questão de tempo. Esse profissional não pode ser substituído, ele é a essência da atividade meio da IES (GARCIA, 2005). Ele passará de crítico ao sistema para crítico do sistema. Esse processo se dará de forma gradativa, mas sólida, com investimento demandado e fomentado pela própria IES, culminando no princípio de que, educação e curto prazo são elementos que não combinam. Voltar ao nosso “chão de fábrica” e comparar processos e objetivos à indicadores pré-definidos, como o IGC, nos faz perceber em nossa essência tácita e empírica, de natureza estritamente acadêmica, a necessidade da definição de novos indicadores, que de fato representem a “medida” do nosso egresso e da nossa educação, permeando necessariamente pela figura do gestor. Não é justo virarmos reféns, muitas vezes, de indicadores qualitativos de manuais de avaliações, onde nos imputa uma classificação ordinal gerando uma nota que hoje garante a sobrevivência ou não da IES - fatalmente, e ao mesmo tempo estarmos preocupados com a coerência organizacional e com a formação plena da equipe, passando de um staff intelectual para um staff essencial, agregando o conceito de essencial àquilo que hoje é visto como periférico, garantindo a marca e a identidade institucional (NADLER e TUSHMAN, 2000)(grifo nosso). André Raeli é diretor da Faculdade Redentor Campos-RJ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: FALCONI, V. O Verdadeiro Poder. Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços Ltda, BH, 2009. BRAGA, R. Evolução das Práticas de Gestão nas IES Brasileiras 2001-2010: A gestão vista como inovação para o setor educacional. HOPER Educação. São Paulo: 2010. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração: Da revolução urbana à revolução digital. 3ªed. São Paulo: Atlas S.A., 2002. NADLER, D. A., TUSHMAN, M. L. A Organização do Futuro: As lições mais importantes do século XX e os próximos desafios que levarão ao novo desenho da empresa. HSM Management, nº 18, janeiro –fevereiro, 2000. TAYLOR, F. W. Princípios da administração científica. São Paulo: Editora Atlas S.A., 1995. GARCIA, M. Três grandes tendências para o ensino superior privado no Brasil. Revista Ensino Superior, São Paulo/SP, n.77, p.41-43, fev., 2005. Texto extraído do http://bracosabertosnb.wordpress.com/2012/06/21/caminhos-para-a-superacao-artigo-de-andre-raeli-3/

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