Mitos sobre a corrida de rua
Marcos Almeida 28/11/2012 05:27

Existem diversos mitos sobre corrida de rua, e é preciso saber quais deles, de fato, são verdade, e quais não passam de boatos sem comprovação. Segue abaixo uma lista deles:

corredor e ciclovia eu atleta (Foto: Getty Images)Diminuir o volume de treino antes de uma prova não é mito (Foto: Getty Images)

Ciclismo ajuda no condicionamento para a corrida: VERDADE. Porém, cuidado, pois o trabalho do sistema músculo esquelético na prática do ciclismo é diferente da corrida, de repente o ciclismo pode ser usado em dia alternado ao treino de corrida.

A banana ajuda na prevenção de cãibras: MITO. As causas da cãibra vão além da falta de potássio. Outros eletrólitos estão envolvidos no processo, assim como o nível de condicionamento do atleta. A falta do potássio pode, em alguns casos, ser a causa, mas a relação não é sempre verdadeira. Muitos técnicos torcem o nariz para a prática, até certo ponto comum, do atleta se encher de bananas na intenção de prevenir cãibras.

A corrida ajuda no condicionamento físico: VERDADE. Praticar atividade física com orientação de um profissional especializado gera ganho de condicionamento. No entanto, uma vez mal elaborado o treino, a probabilidade de lesões aumenta consideravelmente.

O impacto da corrida prejudica o sistema músculo esquelético: MITO. O risco não existe se o atleta estiver em seu peso ideal, com orientação médica de um profissional habilitado.

A dor é sempre um sinal de alerta: VERDADE. Ainda que não seja sempre um sinal de atenção, a dor deve ser observada com cuidado, já que pode ser apenas um sinal de cansaço ou algo mais importante.

A corrida é uma forma eficiente de se obter um ótimo condicionamento físico:VERDADE. A corrida melhora o condicionamento cardiovascular, ajuda a controlar o peso e, quando bem orientada, seus resultados podem ser obtidos em poucos meses.

Correr em terreno de areia e terra melhora ainda mais o condicionamento: MITO. Corrida nestes terrenos é parte de um treinamento de acordo com seu técnico, e pode ajudar na prevenção de lesões, desde que com tênis adequado.

Correr carregando pesos nas mãos ajuda a condicionar o corpo: MITO. Muito pelo contrário, pois as dores na região lombar e nas costas podem aumentar de forma significativa.

Tênis de boa qualidade são indispensáveis na prática da corrida: VERDADE. Cuidado com o teste de pisada em lojas não especializadas, temos que analisar o atleta de corrida como um todo e não apenas olhando seus pés.

O tempo perdido na subida é recuperado na descida: MITO. A relação não é proporcional. E muitas vezes quando o atleta força a corrida na descida, ele tende a se machucar. A canelite, por exemplo, é um prato cheio para estes atletas.

Diminuir o volume de treinamento algumas semanas antes das competições é benéfico:VERDADE. É importante frisar que a diminuição deve ser mais no volume do que na intensidade.

O alongamento antes de uma competição melhora a performance: MITO. O alongamento não é fator que altere o desempenho do atleta na corrida. Não há o que comprove os benefícios dos alongamentos. Tenha cuidado, pois alongar muito antes de competir pode causar lesões pelo excesso de alongamento das fibras musculares.

É preciso correr todo dia pra conseguir um bom condicionamento: MITO. Depende de com qual finalidade você está treinando, pode-se intercalar corrida com alguma outra atividade física de longa duração para se ganhar condicionamento físico, como a natação.

Correr em jejum ajuda a emagrecer: MITO. Correr em jejum é contra-indicado, por comprometer a saúde de um modo geral. Com isso, o atleta pode ter uma hipoglicemia, que significa falta de açúcar no sangue, ou até mesmo alguma lesão mais grave.

Correr agasalhado ajuda a perder peso: MITO. Correr agasalhado provoca um aumento perigoso de temperatura no organismo. O que o corredor perde durante essa prática é água, reposta no primeiro copo de água ingerido.

Massagem com pomadas é o melhor remédio logo após uma contusão: MITO. A massagem pode agravar o quadro. O indicado é gelo e consulta médica, se for o caso.

* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.

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    Marcos Almeida é assessor esportivo, especialista em Ciência da Musculação e mestre em Ciência da Motricidade Humana.

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