Tudo passa..."eu passarinho"
lucianaportinho 09/10/2012 12:09
Afinal o quê são 539 votos para quem poucos anos atrás obteve das urnas 120 mil votos? É mesmo espantoso. Deve estar sendo penoso ao ex-secretário de Saúde de Campos, ex-vereador, ex-presidente da Câmara Municipal e ex-prefeito Alexandre Mocaiber (PSB) calmamente digerir o resultado abaixo do que certamente projetou ter. Muitas são as variantes de análise, desde a política conjuntural à de natureza financeira. De todas, asseguro ao ex-prefeito duas são realidades incontestes. A primeira diz respeito ao poder e às suas circunstâncias - aduladores do poder e os interesses imediatos do  cordão de puxa-sacos aos portadores deste. A outra é compreender  o quão volátil é a cabeça do ser humano especialmente este, que quando em vez,  transforma-se em eleitor. De tempos em tempos a sociedade passa o cerol em um e  dá linha para um outro. Assim foi, assim tem sido. Líderes foram amados, idolatrados, depois sumarizados, jogados às feras ou ao ostracismo. É mesmo impiedosa essa nossa raça humana. É o que tenho para transmitir ao pai de família, médico e ex-prefeito: solidariedade em momento nada confortável de baque nas urnas - também passageiro como tudo o mais. [caption id="attachment_4965" align="aligncenter" width="400" caption="Foto de campanha"][/caption]

 

Para você leitor, copio abaixo post que fiz quando ainda no início das eleições, o recebi em minha residência.  

Dois cafés e uma conversa

Por lucianaportinho, em 02-08-2012 - 6h04
Recebi esta semana uma visita. Veio em minha casa tomar um café. Ele o ex-prefeito Alexandre Mocaiber. Ele que além de prefeito também foi por 6 anos secretário municipal de saúde, no tempo presente é candidato a vereador nas próximas eleições pelo PSB.  Conhecemo-nos quando então presidente da Câmara Municipal assumiu o cargo de prefeito interino de Campos – naqueles episódios conturbados das eleições de 2004 – que repercutiram no ano de 2005. Naquele ano, no mês de maio, o prefeito eleito Carlos Alberto Campista após derrotar o grupo político de Garotinho, enfrentou uma batalha judicial que lhe retirou sumariamente o cargo conquistado nas urnas. Mocaiber entrou sem açodamento, encontrou uma administração em andamento já com as primeiras ações de governo em curso e os cargos de direção política preenchidos. Teve discrição e tino político em saber compor e sem criar um vácuo no governo imprimir sua marca de conciliador por natureza. Convidou-me a permanecer à frente da presidência da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima. O primeiro projeto – do qual guardo maior orgulho – já com ele prefeito e com seu integral apoio, foi o do traslado dos restos mortais do ex-prefeito Barcelos Martins para o Pantheon dos Heróis de Campos (que reformamos), um ato simbólico de reparação histórica. Deposto pela força do golpe militar de 64, Dr. Barcelos tomado pelo desgosto faleceu. Foi então proibido pela junta militar de ser sepultado em Campos, sua terra natal, tendo sido sepultado então no cemitério São João Batista, Rio de Janeiro. Tantas foram as iniciativas que a equipe da FCJOL, tomou à época de sua gestão, desde a inauguração do Museu Olavo Cardoso, da consolidação das Bienais do Livro de Campos como o maior evento literário do interior do estado, da ampla reforma do Auditório Prata Tavares, da realização da Conferência Municipal de Cultura “toda gente é cultura”, da criação oficial do Conselho Editorial da FCJOL, da criação do Conselho Municipal de Cultura, da realização do I Salão Internacional de Humor Ecológico de Campos, da implantação da Biblioteca Infantil Lúcia Miners, e de inúmeras outras ações no campo da cultura e da preservação do patrimônio. Em todas, sem exceção, Alexandre Mocaiber nos depositou irrestrita confiança e liberdade. Todos sabem que no meio de seu mandato, Mocaiber, enfrentou a mais espalhafatosa, violenta e estranha ação policial desta planície. Criado um palco com luzes, microfones de longo alcance e muita encenação massivamente repetida em meios de comunicação nada idôneos,  transformado em vilão da noite para o dia. Sofreu calado junto aos seus filhos e sua corajosa mulher a perseguição ensandecida que até agora, passados quase 5 anos, nada de concreto apurou. Recentemente, até um juiz federal se manifestou sobre a suposta evidência da incorreção original do gigantesco processo.
Ft.Luciana Portinho
No seu jeito de ninguém atacar e como afirma “fazer política olhando para frente e não para o retrovisor”, Mocaiber vai nessas eleições próximas buscar a conquista de seu terceiro mandato de vereador. Passados quatro anos do nosso afastamento, entre nos dois ficou um respeito e consideração benéfica a ambos. Faço aqui o meu registro.
 

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