Em um grande clássico da literatura universal, Deborah Colker foi buscar inspiração para seu novo espetáculo. “Tatyana” baseado em “Evguêni Oniéguin”, o romance em versos, publicado em 1832 por Aleksandr Púchkin (1799-1837), o pai da literatura russa.
Em dois atos, a Companhia de Dança Deborah Colker leva ao palco o próprio Púchkin, interagindo com as ações, desejos, pensamentos e transformações psicológicas dos quatro protagonistas de sua obra-prima. A música de compositores como Rachmaninov, Tchaikovsky, Stravinsky e Prokofiev embala essa jornada atemporal ao âmago de uma história de duelos, desencontros, paixões e decepções.
Colker capaz de adaptar um romance clássico ("Evguêni Oniéguin", do russo Alexandr Púchkin, publicado em capítulos entre 1823 e 1830) e, pela primeira vez, contar uma história com início, meio e fim. "Tatyana", como ela batizou o balé, é uma história de amor em que dois personagens são profundamente transformados.
Olga, a irmã de Tatyana que se oferece para o visitante Oniéguin na área rural em que vivem, onde o cenário é uma árvore metálica criada pelo cenógrafo Gringo Cardia.
Olga sai de cena ao fim do primeiro ato, assim como seu noivo Lenski, morto em duelo por causa de ciúme. No segundo ato, Oniéguin, que antes desprezara Tatyana, agora a busca em vão e dolorosamente. Cada protagonista é representado por quatro bailarinos. Um outro e a própria Deborah são Púchkin, narrador que interfere nas cenas e se emociona com elas.
Equipe de direção, docentes e funcionários e alunos do ISECENSA, se emocionaram neste sábado com a fantástica obra de Colker. Promovido pelo Laboratório de Arte e Cultura do ISECENSA, coordenado pela professora Beth Rocha, vivenciamos momentos de cultura, arte, convivência e lazer, propostas que enriquecem o dia a dia do educador dentro de uma Instituição de ensino que sempre a frente do tempo reconhece a cultura como formação integradora do profissional de engenharia de produção e mecânica , psicologia, fisioterapia, arquitetura,administração,pedagogia,educação física, enfermagem .
Experimentar emoções como essa em que a arte desafia nossa imaginação e criatividade no contato com o artista que representa no palco, alarga, enriquece e transforma paradigmas educacionais, preparando profissionais com sensibilidade que o mercado de trabalho tanto necessita encontrar. E isto com certeza é uma construção que temos tido no projeto educacional para os alunos que ali se preparam profissionalmente.
Num tempo globalizado, competitivo e corrido, transforma-se em prazer o trabalho, e em alegria e colaboração o fazer em equipe, numa simplicidade chamada emoção, momentos inesquecíveis que a arte, beleza e sensibilidade completam em nossos corações e fazem valer a pena a VIDA.
Ir ao Municipal já é respirar cultura, patrimônio histórico, arte, beleza... e quando aliamos isso a um grupo de trabalho que traduz amizade, familiaridade e descontração, os momentos tornam-se inesquecíveis !!!
Com afeto,
Beth Landim