Amor ou Paixão?
bethlandim 08/11/2010 16:36

Todo mundo já se apaixonou um dia. Já sentiu uma felicidade súbita, já contemplou, com mais atenção, o canto dos pássaros. Já viu uma cor no pôr do sol, já pode decifrar, na lua, mais que suas fases, já contou estrelas e viu escrito nelas o nome do seu amor. Mais isso será amor ou paixão? Qual a diferença?

A paixão prescinde o amor. É aquele sentimento arrebatador que tira o ar na menor fagulha de pensamento em direção ao ser amado. O amor vem depois. Como fogo da vida que te consome e te faz viver.

O amor é algo calmo, sereno e, ao mesmo tempo, forte. Rio que queima e aquece a alma. Onde quer que vá, o amor está ali ao teu lado, independente da distância, existe entre você e ele a certeza do amor, a cumplicidade das almas.

A paixão é essencial em todo relacionamento amoroso, homem-mulher. Sem ela, o amor chega a outro estágio: amizade. A paixão faz renascer o amor todos os dias. Já o amor é necessário à vida da paixão. Sem ele, a paixão se perde, se torna sexo, eventualidade, aventura... mostra toda sua fragilidade e se torna fugaz.

Amor e Paixão são amigos inseparáveis que dão razão um ao outro. É o tempero dos relacionamentos que enfrentam a distância, a falta do outro, do carinho, dos olhos nos olhos, do sentir o cheiro, de ver o sorriso. Ninguém é capaz de determinar se vai amar ou se vai apenas se apaixonar, nem muito menos é capaz de decidir se a paixão vai ficar ou receberá a doce visita do amor.

O certo é que os sinais virão, você sentirá. Como diz Arnaldo Jabor em uma de suas crônicas, “O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estrelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento gostoso insuperável que provoca.”

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos brilham, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Quando amamos, as dores de um são sentidas no outro, que faria de tudo para não ver seu amor triste, impotente! O amor nos permite viver num estado de felicidade, de alegria. As cores ficam mais vivas, o perfume se exala nos pensamentos. Queremos estar perto, abraçar, beijar, conhecer, conversar... enfim, amar! Sentir a felicidade do outro a se misturar na sua!

Muitas vezes, não precisamos de palavras, um abraço, um carinho no rosto, um aperto de mãos, falam por si só.

Há o amor doentio quando a paixão lidera, quando a baixa estima impera, o coração se torna um mero coadjuvante das patologias psicológicas. Mas isso não é amor. É apenas um apelido que deram para essa possessividade.

Quem ama tem um coração limpo. Quer o bem do próximo, o vê em sua plenitude, independente dos defeitos que cada um de nós possui.

Porem, nunca podemos nos colocar emocionalmente inferior ao ser amado.

Para amar o outro, precisamos primeiro nos conhecer e nos amar. Termos atitudes, valores e, sobretudo, não ter medo de correr riscos.

Quando sabemos o que queremos, podemos até esperar um bom tempo, mas, o “tempo bom” chegará, pois o universo conspira a favor do amor!

O amor de verdade existe e, se você ainda não sentiu, vai sentir. E, quando sentir, vai perceber a diferença entre o amor e a paixão. A paixão é um estado de espírito, o amor muda nossas vidas e nunca nos deixa só.

A paixão é o alimento do amor. O amor, alimento da alma!

Com afeto,

Beth Landim

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