Não atire a primeira pedra
lucianaportinho
26/10/2010 10:08
Meu colega blogueiro, Roberto Barbosa, em seu blog da Folha Online, abordou hoje tema dos mais sofridos. Tragédia privada passível de eclodir em qualquer família, de qualquer camada social.
Roberto o fez, com razão, sob a ótica pública de um orçamento municipal bilionário mas que não contempla as mínimas e prementes necessidades de sua população.
Como explicar uma cidade de meio milhão de habitantes, não dispor de serviços clínicos para o tratamento dos nossos, que por um infortúnio da vida venham a desenvolver alguma doença no campo psiquiátrico.
Falo de cadeira: ninguém em sã consciência pode se considerar imune a um comportamento mais do que neurótico adquirido ao longo de nossa curta existência. Àqueles que se consideram acima do bem e do mal sugiro uma boa dose de humildade. Poderão repentinamente se ver envolvidos e se tornarem parte de dramas desta natureza.
Se já é um esforço mais do que grandioso romper com a dependência química, quanto mais querer que esta ruptura se faça sem nenhum recurso médico de apoio efetivo.
Já bastam a marginalização do indivíduo e os preconceitos que por si só são um córrego escuro.
Que o poder público municipal assuma suas mínimas responsabilidades e deveres para com a saúde física e mental de seu povo.
Absurdo. Absurdo mesmo Campos não contar com um Centro Especializado em Dependência Química!