Faltando mais de um ano e meio para as eleições de 2020, as movimentações políticas já estão intensas. Em Campos, se fala em, pelo menos, 10 nomes: o prefeito Rafael Diniz (PPS), que deverá tentar a reeleição, os deputados estaduais Gil Vianna (PSL) e Rodrigo Bacellar (SD), o federal Wladimir Garotinho (PSD), além do Coronel Paulo Rodrigues, Rosinha Garotinho (Patriota), Caio Vianna (PDT), o empresário Joilson Barcelos e o reitor do IFF, Jefferson Manhães de Azevedo. Sem falar na prefeita da vizinha São João da Barra, Carla Machado, sonho de muito campista.

Claro que, no decorrer deste caminho, muitos nomes desistirão, assim como surgirão outros postulantes. Sem contar com as composições, que já começam a ser trabalhadas nos bastidores. As confirmações para o próximo ano dependerão, exclusivamente, do desempenho de cada um destes políticos nos próximos meses. Por esta razão, 2019 será um ano chave para políticos, mas, principalmente, para a população, que deverá estar mais atenta nos atos daqueles que se põem na disputa.

Nas duas maiores cidades do Sudeste, o clima não é diferente. Partidos e políticos já estão articulando de olho nas prefeituras do Rio e de São Paulo. Ao menos 12 legendas planejam concorrer nas duas cidades, entre elas o PSL do presidente Jair Bolsonaro. No Rio, até o momento, há sete nomes contra o prefeito Marcelo Crivella (PRB), que concorrerá à reeleição. Em São Paulo, os deputados federais Joice Hasselmann e Eduardo Bolsonaro, além da deputada estadual Janaina Paschoal, podem entrar na disputa. E o prefeito Bruno Covas (PSDB) tentará a reeleição.

Independente de sua popularidade — atualmente abalada por sucessivos problemas no início do governo — o presidente Jair Bolsonaro não deverá declarar apoio a ninguém, a exemplo do que fez na disputa pelo Governo do Estado, ano passado. Porém, já se fala no deputado estadual Rodrigo Amorim. Mais votado para a Alerj ano passado, Amorim quebrou uma placa com o nome de Marielle Franco durante a campanha. Depois da posse, emoldurou fragmento da placa e a pendurou em seu gabinete. A vereadora do PSOL foi assassinada a tiros em março de 2018, junto com o motorista Anderson Gomes. O crime continua sem solução.

Há mais de um ano, uma intervenção nas linhas intermunicipais entre Campos e São João da Barra retirou da CamposTur o domínio do trajeto com as praias sanjoanenses. Desde então, a Autoviação 1001 e a Brasil assumiram a função. Entre os motivos apresentados pelo Depar-tamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Detro-RJ) para a intervenção, ocorrida em dezembro de 2017, estão o não cumprimento às solicitações do órgão para regularização dos problemas, assim como constantes reclamações quanto à qualidade dos serviços.

Embora com ônibus de melhor qualidade, ainda há muito em que avançar. Ontem, por exemplo, quem precisou ir de Atafona a Campos, no final da manhã, teve que exercitar a paciência, quase antecipando a penitência da Quaresma — que começa hoje. O horário de 11h30 simplesmente não existiu e muitos usuários ficaram por quase duas horas aguardando o transporte. Uma empresa não pode tomar uma atitude assim, sem ampla comunicação prévia aos passageiros. Até porque, mesmo sendo uma terça-feira de Carnaval, muita gente trabalha e tem seus compromissos.

O ex-titã da indústria automobilística, o brasileiro Carlos Ghosn, será solto nesta quarta-feira, após quase quatro meses. Um tribunal de Tóquio concordou ontem, em conceder liberdade sob fiança ao ex-presidente do conglomerado Renault-Nissan-Mitsubishi. A promotoria chegou a apelar, mas a Corte Distrital de Tóquio, rejeitou os argumentos. Ghosn ficará submetido à rígida segurança. Para ser solto, pagou fiança fixada em um bilhão de ienes — o equivalente a US$ 8,9 milhões ou cerca de R$ 33,8 milhões.