Quem Vai Querer Ser Candidato a Governador do Rio em 2018... ?
Nino Bellieny 24/11/2016 15:44
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Quem são os nomes para a disputa pelo Palácio Guanabara em 2018?
Guilherme Fonseca Cardoso*
O cenário para a sucessão do governador Luiz Fernando Pezão é de incertezas. O senador Marcelo Crivella (PRB), que seria um candidato com grandes chances, acaba de ser eleito prefeito da capital, portanto, tudo indica que ele não renunciará a prefeitura para concorrer ao governo estadual. Outro nome possível é o do ex-prefeito da capital e vereador reeleito, Cesar Maia (DEM). Maia, que também já exerceu os cargos de secretário estadual de Fazenda e deputado federal constituinte tem a seu favor a sua capacidade de gestão fiscal e a boa convivência com o servidor público. O senador Romário (PSB) também poderia ser um nome na disputa pelo governo. De todos os nomes cogitados, o do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) é dado com o mais certo, pois o mesmo já declarou sua intenção de concorrer em 2018.
O PSDB, provavelmente terá candidato ao governo estadual. Fala-se do jogador de vôlei, Bernardinho. O partido terá candidato à presidência e certamente deve se tornar um partido bastante assediado em 2018 para alianças nos Estados. Os nomes do senador Aécio Neves e do governador Geraldo Alckmin são os possíveis pré-candidatos e dependendo de quem seja escolhido candidato à presidência, algumas variações poderão ocorrer na aliança para o Palácio Guanabara, pela proximidade dos dois pré-candidatos com grupos políticos diferentes.
Partidos de extrema-esquerda como PSOL, PCO e PSTU, historicamente lançam candidaturas próprias, mas os nomes são pouco conhecidos. Já houve menção de que o deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL, poderia ser candidato ao senado. O PC do B e o PT podem repetir a aliança de 2016 na capital para o governo estadual, mas não há ainda projeção de nomes. A deputada federal Jandira Feghali, do PC do B, é uma das lideranças mais expressivas desse grupo. Fiel aos ex-presidentes Lula e Dilma, Jandira foi candidata a senadora em 2006 e recentemente a prefeita do Rio, no entanto, neste último, tendo um resultado pífio.
O PV terá a partir de janeiro de 2017 a prefeitura de Niterói. O prefeito reeleito Rodrigo Neves, deixou o PT diante a crise e se filiou ao partido do vice-prefeito atual, Axel. Reeleito, o prefeito Rodrigo Neves desponta como possível candidato a governador pela sigla. O vice-prefeito eleito para a legislatura 2017 - 2020 é o deputado estadual Comte Bittencourt do PPS. Caso Rodrigo Neves decida renunciar a prefeitura de Niterói para concorrer ao governo fluminense, Comte assumiria, o que certamente influenciaria nas articulações do PPS fluminense para a  sucessão estadual. O PPS é um histórico aliado do PSDB, assim como o DEM, no Estado do Rio de Janeiro.
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O ex-deputado Fernando Gabeira (PV) também merece ser lembrando como uma alternativa, tanto para o governo estadual como para o senado, lembrando que em 2018 serão duas vagas em disputa.
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), que é pré-candidato à presidência da república, e vem gradativamente ampliando a sua votação no Estado,  conseguindo viabilizar a sua candidatura presidencial, certamente desejará ter uma candidatura própria ao governo estadual.
Outras projeções possíveis em relação a REDE, da ex-ministra e ex-senadora Marina Silva. Marina sempre teve bom desempenho eleitoral no Estado do Rio de Janeiro, com candidata à presidência, e uma hipótese seria a transferência do domicílio eleitoral para cá, com o objetivo de disputar o governo fluminense, tornando a candidatura da REDE competitiva e em caso de vitória, o novo partido governaria um dos mais importantes estados do Brasil, usando-o como vitrine ao projeto presidencial de Marina.
O PDT, deverá lançar o ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes à presidência da república, portanto, o partido ou terá candidato próprio ao governo fluminense ou articulará com os partidos próximos uma candidatura única ao estado.
Partidos recém criados, como o NOVO, que lançou candidatura própria à prefeitura do Rio deverá repetir o feito, lançando um candidato ao governo fluminense, mas o nome não é possível supor, pois o partido não tem quadros conhecidos, com a única exceção de Carmen Migueles, ex-candidata a prefeita do Rio neste ano.
O PP, partido do vice-governador Francisco Dornelles, poderá optar por lançar um candidato a uma das duas vagas para o senado.
O futuro do ex-governador Garotinho, que continua sendo uma liderança política influente, poderá definir os rumos do PR.
A situação do PMDB fluminense, que venceu as três últimas eleições para o governo do Estado e que enfrenta uma crise sem precedentes na sua história é incerta para 2018. O partido lançará uma candidatura própria ou fará a opção de compor com alguma candidatura de olho na preservação da sua bancada na ALERJ?
Estamos a 38 dias de 2017, a partir daí as articulações entre os partidos ganharão mais fôlego, pois com o Estado atravessando essa crise fiscal e política é certo que haverá a antecipação das articulações pela sucessão estadual. Outro aspecto de influência do quadro político de 2018 refere-se aos desdobramentos da Operação Lava Jato, que diga-se vem realizando um excelente trabalho e sendo motivo de esperança por dias melhores para os brasileiros.
* Guilherme é arquiteto/urbanista e escritor

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