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Bando desarticulado prometia adulterar dispositivos, elevando número de votos em 10%
Horas após a Polícia Federal desarticular uma organização que vendia a promessa de adulterar a urna eletrônica e aumentar em 10% o número de votos, o TRE gaúcho reiterou a segurança do dispositivo.
Conforme o secretário de Tecnologia da Informação da Corte, Daniel Wobeto, a justiça eleitoral garante a inviolabilidade da urna em nome da verdade eleitoral.
Wobeto explica que o dispositivo detém mecanismos de segurança que garantem que somente os programas gerados na cerimônia de lacração – única oportunidade em que a chave de assinatura oficial dos sistemas é utilizada – possam ser executados com o status de aplicação oficial. Nessa oportunidade, os programas são inspecionados, impossibilitando a geração de um programa malicioso posterior, para fraudar a eleição.
Já a presidente do Tribunal, desembargadora Liselena Ribeiro, salientou estar acompanhando o caso. Ela disse ter certeza de que os crimes vão ser investigados e punidos, e se mostrou à disposição para auxiliar nas investigações.
A Operação Clístenes cumpriu três mandados de prisão preventiva – dois em Brasília (DF) e um em Xangri-lá (RS) -, três mandados de condução coercitiva – em Xangri-lá, Canoas (RS) e Piripiri (PI) -, e cinco mandados de busca e apreensão – em Canoas, Xangri-lá, Goiânia (GO) e Brasília (2). Em Brasília, onde o grupo tinha a base principal, um dos alvos segue foragido.
A denúncia partiu de um prefeito da região metropolitana de Porto Alegre, que não disputa a reeleição. Os criminosos diziam ter contato com uma empresa que atualiza o software da urna eletrônica. Eram cobrados supostos R$5 milhões para fraudar a eleição para prefeito e R$ 600 mil para burlar o pleito de vereador. O caso é tratado como estelionato, já que não há indícios de que criminosos realmente possam ter êxito nesse tipo de fraude.
Os presos responderão pelos crimes de estelionato e organização criminosa, cujas penas somada vão de quatro a 13 anos de reclusão. Eles foram encaminhados ao sistema prisional onde permanecem à disposição da Justiça Eleitoral.
Clístenes, que batiza a operação, foi um político grego antigo, que levou adiante a obra de Sólon e, como esse último, é considerado um dos pais da democracia.
Fonte-Site da Rádio Guaíba-RS