Ele ia à frente e nós, moleques dos 10 aos 15 anos, atrás, repetindo tudo o que era dito: " Hoje tem espetáculo?", "Tem sim senhor!", "Hoje tem goiabada?" "Hoje tem marmelada?" " Tem sim senhor!". Cantava, a gente bisava: " Dona Dadá, Dona Dedé, Dona Didi, seu marido entrou aí, ele tem que sair, ele tem que sair!". Pelas ruas da outrora pequenina Morro do Coco, para assegurarmos o ingresso daquela noite no circo, éramos a trupe. Felizes, livres, seguros do momento sem pensar no amanhã, nesse amanhã que agora é um hoje onde os palhaços são outros. Inclusive eu.
-Crônica de Domingo-