Ponto final — A quem interessa a “fogueira das vaidades”?
Arnaldo Neto 21/06/2016 11:05
Ponto-final1Fogueira das vaidades A quase três meses da eleição, Campos ainda conta com 21 pré-candidaturas postas para sucessão de Rosinha Garotinho (PR) — 20 nomes, mais uma indicação que o Psol pretende lançar. E neste cenário a fogueira das vaidades já faz ferver o caldo. Após a divulgação da última pesquisa Pro4, trocas de farpas acontecem até mesmo onde um dia já o clima foi de união: são conflitos da oposição com oposição, governistas contra governistas, além do duelo entre oposição e governistas. A quem interessa? O grupo rosáceo tende a escolher candidato único nas prévias de 23 de julho e tem a intenção de usar a força apenas neste nome. A exceção seria o PSDB, que diz ter candidatura própria em qualquer cenário. Se a tendência virar realidade, não há dúvida que a desunião prejudica a oposição, ainda com dez nomes de pré-candidatos. A pesquisa do Pro4 neste mês apontou que 70,8% dos campistas acreditam que um candidato de oposição seria o melhor para o município. Fragmentar este percentual em muitos candidatos e criar desunião entre eles no primeiro turno, é preparar terreno para um segundo na quase certeza de um nome governista na disputa. A alma do negócio O ano é eleitoral e Rosinha gasta para ficar em evidência. Afinal, propaganda é alma do negócio. No início do mês, a Prefeitura usou R$ 1 milhão da “venda do futuro” para “campanhas publicitárias”. Menos de 20 dias depois, mais R$ 800 mil. Só em propaganda saiu dos cofres do município quase R$ 2 milhões do dinheiro que será pago pelos próximos três gestores. Não me rendo Afastado da presidência da Câmara pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e após a aprovação do relatório que pede sua cassação no Conselho de Ética da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) marcou uma entrevista coletiva para hoje. Desde a semana passada, há rumores que ele vai renunciar. Cunha, no entanto, diz que vai até o fim: “Não tem renúncia”. A afirmação foi feita ontem ao Estadão. Tapetão (I) Regulamentos equivocados e práticas confusas, sem qualquer sintonia com a lógica esportiva, acabam por deixar as competições promovidas pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) reféns de decisões dos advogados exatamente num instante em que deveriam estar com suas definições acontecendo dentro de campo, tendo como protagonistas os jogadores de futebol. Na tarde de amanhã, se o salão das sessões do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RJ) tivesse uma boa arquibancada poderia comportar as torcidas de três clubes que disputam a Série B e lutam, também fora de campo, para não serem rebaixadas para a Série C: Angra dos Reis, Goytacaz e Duque de Caxias. Tapetão (II) Goytacaz e Duque de Caxias assinaram, junto com o Gonçalense, que já não corre risco de rebaixamento, recurso apontando a utilização irregular de dois jogadores por parte do Angra dos Reis. Caso a irregularidade do clube do Sul seja comprovada pelo TJD, pode acarretar a perda de 19 pontos na competição, o que sacramentaria o seu rebaixamento, junto com Ceres e Belford Roxo. Não seria tão mais fácil, em tempos de alta tecnologia, que os árbitros das partidas chegassem aos estádios com a listagem dos jogadores aptos de ambas as equipes? Ainda que o resultado determine a perda de pontos do Angra dos Reis, este poderá recorrer ao Pleno do TJD e, posteriormente, ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Publicado na edição desta terça-feira (21) da Folha da Manhã

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