E a campanha política em Itaperuna começou. Extraoficialmente, mas, começou. E não nas ruas, como sempre foi e sim nas redes sociais. E quando se fala nelas, se fala em Facebook, com os seus milhões de usuários mundo à fora. Perfis em sua maioria fakes, feitos com o único propósito de detonar reputações ou simplesmente espalhar explosivos na rota dos adversários,  já se engajaram na luta de quem deseja mostrar ter mais café no bule. Cobranças e críticas causando efeitos devastadores, incomodando em um estilo de se fazer política novo, embora usando as velhas manhas.   O PODER DA INTERNET Quando Obama se elegeu pela primeira vez para presidente do mais poderoso país, os Estados Unidos da América, a internet já estava em livre crescimento e foi uma das principais armas na guerra vencida por ele. No Brasil, as redes começaram a mostrar  real prepoderância recentemente na campanha que reelegeu Dilma. No interior, principalmente em Itaperuna, sempre houve resistência ao uso da ferramenta. Não há mais. Não pode haver mais. Agora, o candidato que não der atenção ao poder sem limites da web, tem tudo para se dar mal. É preciso monitoramento constante, acompanhamento jurídico e mentes experientes na informação e na contrainformação. Um boato bem forjado destrói uma candidatura em menos de duas horas, ainda mais se tal acontecer em vésperas de votação, sem tempo  suficiente para uma reação. Aonde o candidato for, o que falar e fizer, será fotografado, filmado e exposto imediatamente para os internautas sedentos de emoções. E, provavelmente, nem de boatos se precise: a verdade em si, interpretada pelo gosto do freguês e bem propagada, faz o estrago necessário.   VAI SER A PRIMEIRA Grande campanha feita pela Internet em todos os municípios. Eliminando distâncias e economizando tempo, alcançando milhares de eleitores ao mesmo instante e de um modo que comício algum jamais alcançaria. Este gigante cibernético sem controle, acessível em todos os celulares, avassalador via Whatsapp, silencioso via Inbox, sinistro para o Bem e para o Mal, cortará gargantas, multiplicará mentiras, aumentará verdades e decidirá o destino de muitos candidatos acostumados aos tempos de promessas, conversinhas e cervejinhas pagas. Estas formas de se fazer política, continuarão, são parte da cultura brasileira do jeitinho, porém, saber operar os mecanismos das redes, pode não garantir a vitória, mas, certamente, garantirá a derrota.