Lula aceita ser ministro, mas delação de Delcídio adia anúncio, diz O Globo
Arnaldo Neto 15/03/2016 12:19
[caption id="attachment_5097" align="alignleft" width="300"]Lula só não sera ministro, se mais uma vez não quiser (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) Lula é cotado como ministro desde o início do mês  (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)[/caption] O jornalista Lauro Jardim, em seu blog no jornal O Globo (aqui), afirma que Lula topou assumir um ministério no governo Dilma Rousseff. De acordo com o jornalista, "ainda que esteja marcada uma conversa com Dilma nesta terça-feira (15), dada como definitiva, na segunda-feira (14) Lula avisou a vários petistas próximos que decidiu aceitar o convite para integrar o ministério e voltar a despachar no Palácio do Planalto". A expectativa é que o ex-presidente assuma a chefia da Casa Civil ou a Secretaria de Governo. Lula atuaria também como interlocutor para impedir o impeachment de Dilma. O anúncio de Lula como ministro estaria programado para esta terça, mas com as revelações do acordo de delação premiada do senador Delcídio Amaral, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (aqui), a manobra foi prorrogada. Além de citações de Lula, Dilma e Aécio, o ex-líder do PT diz que Aloizio Mercadante, ministro da Educação, ofereceu a seu assessor, Eduardo Marzagão, ajuda financeira para evitar a delação premiada. O ex-presidente já foi cotado para assumir um ministério no primeiro mandato de Dilma, mas recusou. Na 24ª fase da Operação Lava Jato (aqui), o ex-presidente foi o principal alvo. Ele foi conduzido coercitivamente para depor na Polícia Federal. Além disso, Lula foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (aqui) por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex no Guarujá. O MP pediu (aqui) a prisão preventiva do ex-presidente. A juíza responsável pelo caso encaminhou nesta segunda-feira o pedido para que seja decidido por Sérgio Moro (aqui), responsável pela Lava Jato em na primeira instância. As movimentações dos últimos dias, além das manifestações do último domingo (13) que reuniram mais de 3,5 milhões de brasileiros pedindo o impeachment de Dilma,  foram fatores que teriam pesado na decisão de Lula. Sem contar que como ministro Lula tem foro privilegiado.

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