Humanidade ferida: França declara guerra
lucianaportinho 15/11/2015 21:20
Com 129 mortos e mais 415 pessoas que deram entrada nos hospitais de Paris, feridos (muitos graves) ou em estado de choque, a capital francesa e o mundo vai lentamente deglutindo um dos mais assustadores e articulados atos terroristas do Estado Islâmico (EI). Qualquer indivíduo que tenha sensibilidade e defenda a democracia como princípio se estarreceu ao acompanhar o noticiário sobre a carnificina. Estamos atônitos, boquiabertos passando por horas e mais horas suspensas pelo terror que invadiu a Europa. De pronto o presidente François Hollande reconheceu o Estado de Guerra contra o EI e decretou o Estado de Urgência. E assim se sucederam as declarações das autoridades e dos formadores de opinião francesa. O editorial do jornal francês 'Le Monde' de hoje, domingo (15), abre com a seguinte frase " É uma guerra, uma guerra verdadeira. Nós o sabíamos, mas, no fundo, preferíamos não enxergar". E prossegue sombrio, "Esta guerra, agora cada um a compreende, só está iniciando". Também hoje, domingo, no final do dia, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, em entrevista à televisão francesa TF1, pegou ainda mais pesado. Propôs que aqueles franceses já fichados "S" (são pessoas com algum tipo de passagem policial, classificadas como suspeitas de potencial ato terrorista contra a república) sejam postas "em residência vigiada ou em prisão domiciliar com bracelete eletrônico para que a polícia saiba onde estão, o quê fazem e possa avaliar a periculosidade delas". Para Sarkozy, "Não é realista deixá-las soltas na natureza e fazer de conta que não representam perigo eminente", ao lembrar que são 11.500 pessoas fichadas "S". Segundo ele, 520 jovens franceses se encontram entre a Síria e o Iraque: "Todos os que retornam ao país devem ser imediatamente presos", frisou. Tudo faz crer, a exemplo das 20 bombas lançadas, hoje, pelos caças da armada francesa em bases do Estado Islâmico no leste da Síria, que os líderes dos países ocidentais, finalmente cheguem a um acordo político e intensifiquem ações militares na Síria e no Iraque contra o inimigo comum. [caption id="" align="aligncenter" width="547"]Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, durante a cúpula do G20 neste domingo (15) (Foto: RIA-Novosti, Kremlin Pool Photo via AP) Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, durante a cúpula do G20 neste domingo (15) (Foto: RIA-Novosti, Kremlin Pool Photo via AP)[/caption]  
fontes. Le Figaro e Le Monde

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