Foto: Diego DG Ferreira
Grupo Quer Acabar com Direitos dos Deficientes
Uma página vem causando impacto no Facebook. Chamada de Movimento Pela Reforma de Direitos, luta pelo "fim dos privilégios" dos deficientes. Quer acabar com as cotas em concursos públicos, com as vagas em estacionamento, prioridade nas filas e outras prerrogativas duramente conquistadas por quem tem necessidades especiais no país. É tão absurda e articuladamente planejada que faz pensar em golpe de marketing, pela virulência com que se espalhou em milhares de compartilhamentos instantâneos. As reações são de choque. O que, faz realmente, pensar em uma bem tramada campanha capaz de sacudir e unir uma maioria expressiva de pessoas indignadas, reavivando um problema, quase sempre só enfrentado por quem está dentro dele ou pela família.
Embora de gosto duvidoso, como peça marqueteira, estaria funcionando de modo impecável. E se não houve tal intenção, se realmente o "movimento" existe e pretende de forma ariana extinguir os direitos dos cadeirantes e de outros tantos em suas incapacidades físicas, -jamais intelectuais-, resta apenas entender o direito à liberdade de expressão de cada um, por mais paradoxal que possa ser, e inconsequente como é. Uma nova e superior raça estaria nascendo, manifestando-se pelo MRD, a de pessoas que, jamais, sofrerão um acidente ou ficarão doentes, serão eternamente jovens e ultraresistentes, não precisarão de uma cadeira de rodas ou coisa parecida. Os filhos serão deuses. A vida não terá fim. Uma raça de super-homens. Exatamente no Brasil.
NinoBellieny
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Foto: Diego DG Ferreira
O suposto “Movimento pela Reforma de Direitos”, que causou revolta nas redes sociais em uma campanha contra direitos de deficientes, convocou uma coletiva de imprensa para às 14 horas, no Hotel Radisson, em Curitiba, para revelar a intenção da ação. De acordo com funcionários do hotel, a sala foi reservada pela agência Klass, de turismo. Na agência, os funcionários afirmam que não podem revelar o nome do suposto cliente que pediu a reserva.
Pelo menos um outdoor na Rua Santa Cecília, no bairro Vista Alegre, em Curitiba, foi vandalizado nesta segunda-feira (30). A campanha publicitária pede o fim dos “privilégios” para deficientes. O grupo tem uma página no Facebook com pouco mais de 300 curtidas até a tarde desta segunda-feira e centenas de comentários contrários à ideia. Na próxima quinta-feira, dia 3 de dezembro, é o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. A coincidência gerou desconfiança dos internautas.
Empresas envolvidas
A reação agressiva já causou desconforto nas empresas envolvidas. Os funcionários do Hotel Radisson afirmam que apenas fizeram a reserva da sala e passaram a responsabilidade para a contratante. Um dos funcionários da agência Klas, identificado apenas como Diego, pediu que a informação não fosse publicada. “A agência é apenas intermediária de um cliente”, disse. A empresa Favoretto, responsável pelo outdoor, apenas informou que buscaria mais informações sobre o cliente antes de se posicionar.
Campanha
No que aparenta ser uma campanha, o responsável pede mudança em nome de não privilegiar minorias, mas sim a maioria: redução em 50% das vagas exclusivas pra deficientes; fim das cotas para deficientes em empresas; redução em 50% de filas e assentos exclusivos para deficientes; fim da isenção de impostos na compra de carro zero; fim das cotas em concurso público e fim à gratuidade para deficientes.
O suposto movimento também tem uma petição online pedindo as mudanças, com cinco assinaturas até agora.
Muitos reagiram com tanto descrença que a principal hipótese é a de uma campanha controversa, como a do tanque de guerra do DPVAT. A campanha também foi assunto na Câmara Municipal de Curitiba e revoltou os vereadores.
Agradecimento BNB pelo link do ParanáPortal ao Twitter Thaís (Prem Amina) ?@thaiskod
Uma página vem causando impacto no Facebook. Chamada de Movimento Pela Reforma de Direitos, luta pelo "fim dos privilégios" dos deficientes. Quer acabar com as cotas em concursos públicos, com as vagas em estacionamento, prioridade nas filas e outras prerrogativas duramente conquistadas por quem tem necessidades especiais no país. É tão absurda e articuladamente planejada que faz pensar em golpe de marketing, pela virulência com que se espalhou em milhares de compartilhamentos instantâneos. As reações são de choque. O que, faz realmente, pensar em uma bem tramada campanha capaz de sacudir e unir uma maioria expressiva de pessoas indignadas, reavivando um problema, quase sempre só enfrentado por quem está dentro dele ou pela família.
Embora de gosto duvidoso, como peça marqueteira, estaria funcionando de modo impecável. E se não houve tal intenção, se realmente o "movimento" existe e pretende de forma ariana extinguir os direitos dos cadeirantes e de outros tantos em suas incapacidades físicas, -jamais intelectuais-, resta apenas entender o direito à liberdade de expressão de cada um, por mais paradoxal que possa ser, e inconsequente como é. Uma nova e superior raça estaria nascendo, manifestando-se pelo MRD, a de pessoas que, jamais, sofrerão um acidente ou ficarão doentes, serão eternamente jovens e ultraresistentes, não precisarão de uma cadeira de rodas ou coisa parecida. Os filhos serão deuses. A vida não terá fim. Uma raça de super-homens. Exatamente no Brasil.
NinoBellieny
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ATUALIZAÇÃO BNB
O ParanáPortal publicou hoje matéria interessante sobre a polêmica:
Agência marca entrevista coletiva para falar de campanha suspeita contra deficientes
Foto: Diego DG Ferreira
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