Porto do Açu-O Gigante se Levanta
Nino Bellieny 03/07/2015 01:28
BNB ESPECIAL Desde as suas primeiras edições, um dos temas preferidos do Blog é o Porto do Açu, por considerar o complexo logístico, atualmente, o principal ponto de partida das transformações necessárias para as regiões Norte/Noroeste. Alvo de descrença de muitos, convergência das esperanças e certezas de outros tantos, o Porto existe. É real. É e ainda não está pronto. Não está pronto, mas, funciona. Longe ainda do seu potencial máximo, já modifica o cenário, injeta recursos, movimenta a economia. VISITA A convite da Prumo Logística, o BNB esteve no local: 90 km 2 de área com um  monumental canteiro de obras, muitas já prontas. A Quarta-Feira ensolarada, deixou claro o visual: no Terminal 1, um navio graneleiro, de bandeira cipriota, recebia direto do mineroduto vindo de Conceição de Mato Dentro-MG, o minério de ferro a ser levado para a China. Até o referido dia, desde Outubro do ano passado, com este, 24 navios  já teriam enchido  seus porões no porto. A mineradora Anglo American e a Prumo Logísitica Global S.A.,  controladora do Açu, formaram uma joint-venture chamada Ferroport responsável pelas operações de recepção do produto, filtragem da pasta de minério e água (para melhor fluidez no duto) e exportação. Ambos os terminais, o o1 e o o2,  já recebem cargueiros, no entanto,  a "República do Porto" tem  muito mais pretensões e entre elas, está a de basear empresas que prestam assistência às companhias petroleira e, é claro, às gigantes do setor, além das  agro-exportadoras, como as de  soja. No setor de mineração a bauxita é a próxima estrela. Enquanto isso, a francesa Technip e a norte-americana National Oilwell Varco -NOV, produtoras de tubos flexíveis e equipamentos para o setor de petróleo e gás já estão em atividade: recentemente, um navio atracou no cais desta última e descarregou um guindaste de 520 toneladas. A engenhoca movimenta as bobinas com os tubos flexíveis produzidos pela empresa. Diante da saturação do seu terminal em Imbetiba-Macaé-RJ, a Petrobrás investe no Açu e, para desânimo dos incrédulos, o gigante industrial-portuário começa a dar os primeiros passos. Milhares de  empregos diretos e indiretos, influência transformadora em um raio de 300 kms, uma nova era sendo descortinada antes mesmo da plena movimentação do porto, prevista para o ano de 2025.  A OPINIÃO DO BLOG Para acompanhar essas  gigantescas passadas, as cidades dentro deste círculo de influência devem urgentemente avaliar seus planos diretores e viários. Municípios como Itaperuna e Italva, por exemplo, no Norte Fluminense, cortados pela BR-356, principal artéria entre o complexo e os estados de Minas e Goiás,  (só para citar 2), centros de produção mineral e agrícola, sofrerão um considerável impacto ambiental e comportamental causado pelo  aumento do tráfego de carretas de grande porte. Sem rodo-anéis para desvio da área urbana, o caos será inevitável. E a pergunta fica no ar: estão os poderes públicos se preparando para isso ou o velho costume de "esperar para ver/deixar para o próximo", ainda vai imperar? Melhor não pagar para ver. E agir de imediato.
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