Aos que veladamente "condenaram" o humor do Charlie Hebdo
lucianaportinho 05/05/2015 18:50
No domingo passado (03), dois homens armados abriram fogo contra um centro de conferência onde se realizava um concurso de caricaturas sobre o Maomé, em Garland, subúrbio de Dallas. Tudo indica que pela primeira vez o grupo terrorista Estado Islâmico seja o responsável pelo ataque nos Estados Unidos, no qual os dois terroristas saíram fuzilados por agentes policiais do Texas (antes, os dois haviam ferido um guarda). [caption id="attachment_8908" align="aligncenter" width="400"]IMG_5321 Foto divulgada dos dois terroristas mortos pela polícia norte americana[/caption] Oficialmente, em seu canal de rádio nesta terça-feira (05), o Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque em solo americano, mas, a Casa Branca acha cedo para confirmar se o atentado foi mesmo do EI ou se pegaram carona em busca de popularidade. “Nós avisamos a América: ataques futuros serão maiores e mais amargos. Vocês assistirão a coisas horríveis por parte dos soldados do Estado Islâmico com a graça de Deus”, ameaçou o grupo djhadista. Se os americanos pensavam ainda que atentados tipo “Charlie Hebdo” ficariam reservados a uma Europa incapaz de integrar os seus muçulmanos, o episódio veio comprovar o oposto. Para aqueles que de forma velada culparam os jornalistas e chargistas do Charlie Hebdo, por "provocarem" (como se a função social do Humor não fosse exatamente a de provocar) a sociedade - de forma ampla, geral e irrestrita -, fica o alerta de que ceder à censura nunca será a solução, mesmo em tempos de intolerância religiosa. O fato serve para o Brasil tomar todas as providências de segurança para as Olimpíadas de 2016. Quem desejar se lembrar do ataque terrorista à redação do jornal/revista Charlie Hebdo, ver aqui e aqui.

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