O PORTO DO AÇU E AS PROJEÇÕES PARA OS PRÓXIMOS ANOS
Nino Bellieny 30/04/2015 14:16
 EXCLUSIVO ITALVA E ITAPERUNA QUE SE PREPAREM.  NinoBellieny ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- [caption id="attachment_1733" align="alignnone" width="300"]FT-uol FT-uol[/caption]   ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Um estudo feito por especialistas em logística portuária e transportes, marca uma série de números positivos a partir de 2018 , indo até 2026, quando o Porto do Açu em São João da Barra-RJ estará em plena atividade: os indicadores formalizam a quantidade de caminhões de grande tonelagem ano após ano, trazendo, por exemplo, soja do Centro Oeste, minério de ferro e bauxita de Minas Gerais, entre outras riquezas que serão exportadas pelo Açu. Em 2018, a expectativa é de 27.400 carretas descarregando nas docas durante todo o ano. E os números, crescem naturalmente: 2019- 32.315 2020- 49.100 2021- 51.800 2022- 52.250 2023- 55.000 2224- 55.466 2025- 58.300 2026- 71.500 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Navios de grande calado partirão para todas as partes do mundo. Há estudos para uma ferrovia alimentando diretamente o porto, ligando-o ao oceano Pacífico, mesmo assim, os caminhões continuaram tendo papel preponderante. São João da Barra, e todo o entorno, viverá uma transformação maior do que a ocorrida durante a Corrida do Ouro Negro em Macaé-RJ, quando a Petrobrás e as empresas-satélites investiram na Bacia de Campos e a cidade foi a base de todas as operações. [caption id="attachment_1734" align="alignnone" width="300"]ft-FolhaUOL PortAçu ft-FolhaUOL[/caption]   A EXPLOSÃO DE CONSUMO Estes milhares de caminhões, precisarão de mais postos de combustíveis ao longo do caminho. Mais bem preparados, restaurantes, hotéis, verdadeiros centros automotivos com estrutura pouco vistas na região.Hospitais, postos de socorro imediato, maior policiamento, melhorias nas estradas e inquestionavelmente , duplicação de rodovias e estações de pedágio. A BR-356 A principal via de acesso ao PortAçu, ( o Blog NB vai chamá-lo assim doravante), começa em Belo Horizonte e termina exatamente em S.J. Da Barra. Tem  288,3 km, dentro de MG, atravessando 13 municípios. No Estado do Rio, mais 187,7 km, cortando 5 municípios, dentre eles, dois com mais  potenciais efeitos positivos e consequentemente, negativos, devido ao longo trajeto urbano: Itaperuna e Italva. Nesta última por exemplo, uma única ponte sobre o Rio Muriaé, estreita e antiga, não terá condições de suportar o incessante transitar de carretas de alta tonelagem. A construção de uma via e ponte alternativas por fora do centro da cidade será inevitável. E isso requer planejamento para anteontem. Em Itaperuna, o trânsito normalmente já é complicado. Dentro da projeção feita, os efeitos serão multiplicados e os riscos de paralisações diárias por absoluta falta de mobilidade não podem nem devem  ser descartados. A Rodovia do Contorno tão propalada e até agora, apenas um desenho, é uma questão sem volta. Constrói-se, ou a cidade não suportará o enorme volume previsto. Já é possível ver transitando na avenida principal da cidade, caminhões tipicamente preparados para o tipo de transporte utilizado em operações portuárias. A palavra "logística" está pintada em quase todos, além dos modelos trucados de alta capacidade de carga. O DINHEIRO IRÁ FLUIR Os benefícios do progresso a reboque, evidentemente, causarão uma grande  transformação, mesmo para municípios distantes do Açu, em  uma reação em cadeia. Do mesmo modo, os pontos negativos, se não devidamente priorizados em ações preventivas e estratégicas, certamente, poderão neutralizar os positivos. O POLO UNIVERSITÁRIO Cabeça de alfinete fincado firmemente no meio do mapa de uma região triangular formada pelas divisas dos estados de Minas, Espirito Santo e Rio, Itaperuna ocupa posição privilegiada. Chamada de Vértice Sudeste pelo empresário Luis Adriano Silva,  um estudioso dos assuntos de desenvolvimento, essa região oferece possibilidades várias para a implantação de indústrias primárias, secundárias e terciárias, gerando empregos, e principalmente, absorvendo mão-de-obra, preparada pelas faculdades locais, donas de um rico acervo técnico-pedagógico. Esta rede já em formação, pelo menos do ponto de vista educacional, poderá abastecer as demandas monumentais do complexo do PortAçu. AS PREFEITURAS Que se preparem: o cenário de hoje já é o de ontem. Pessoal especializado contratado, planejamentos de longo, médio e longo prazo, prontos e muita disposição para o novo. A velha indumentária vestida de última hora não servirá mais. Se faça o Antes, pois, nem mesmo o Agora já veste bem. VEJA TAMBÉM: Mais crescimento    

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