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Procuradoria cita indicação de diretor de marketing como suposta ligação de ex-deputado com esquema de desvios em contratos de publicidade da instituição. Foto: Daniel Dusek/Estadão[/caption]
A força-tarefa da Lava Jato investiga se o diretor de marketing da Caixa Econômica Federal (CEF) Clauir dos Santos era o elo do ex-deputado federal André Vargas (ex-PT, atualmente sem partido) com um esquema de corrupção em contratos de publicidade que rendiam 10% de propina, via subcontratos no setor.
“Há notícias de que André Vargas teria atuado para indicar o gerente de marketing da CEF, Clauir dos Santos”, aponta o Ministério Públicos Federal em seu parecer sobre o pedido de prisão do ex-deputado.
Uma das empresas que teria sido usada por Vargas é a IT7 Sistemas, que tem seu irmão Leon Vargas como sócio. Os dois foram presos na Operação “A Origem” (
aqui), 11ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira.
“De acordo com o resultado da diligência de quebra de sigilo fiscal da empresa, constata-se que em 2013, ano da operação com a empresa de Meire Pozza (contadora do doleiro Alberto Youssef), a IT7 recebeu vultuosas quantias de entes públicos. Somente da Caixa Econômica Federal, a IT 7 recebeu quase R$ 50 milhões”, informa a Procuradoria.
Segundo o juiz federal Sérgio Moro as “notas fiscais fraudulentas foram emitidas pela filial da IT7 em Curitiba”.
“Referida empresa mantém contratos com diversas entidades públicas, como a Caixa Econômica Federal, o Serviço Federal de Processamento de dados, Celepar, CCEE entre outras.”
A DEFESA
A Caixa Econômica Federal informa que abrirá apuração interna para averiguar os fatos revelados hoje pela Polícia Federal no âmbito da investigação da Operação Lava Jato. A CAIXA reitera que colaborará integralmente com as investigações e informa que encaminhará imediatamente todos os contratos relacionados às empresas citadas à Controladoria Geral da União, Polícia Federal e Ministério Público Federal.
Fonte: Blog do Fausto Macedo (aqui)/Estadão