Pacote do MPF sobre corrupção divide partidos no Congresso
Arnaldo Neto 21/03/2015 11:51
[caption id="attachment_1343" align="alignleft" width="300"]rodrigo-janot O Procurado Rodrigo Janot anunciou um pacote de medidas de combate à corrupção. Foto: Divulgação[/caption] Os líderes dos partidos reagiram com cautela às propostas do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que prevê, em casos de corrupção, que os partidos envolvidos percam seus registros, além de aumentar pena de prisão dos envolvidos de 12 para 25 anos. O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima , questionou a proposta de se fechar os partidos. Para os parlamentares, essa não é uma competência do Ministério Público. — O Ministério Público não tem competência para fechar partidos. Apoiamos todos os projetos que aperfeiçoam o sistema partidário brasileiro, mas cada Poder com suas competências democráticas e constitucionais — disse Cunha Lima. Para o tucano, as propostas mais drásticas, como tornar corrupção crime hediondo, são um reflexo do momento em que vive e onde a sociedade exige punição para o escândalo da Petrobras, investigado na Operação Lava-Jato. — O momento está exigindo uma postura mais drástica como essa — disse Cunha Lima. O líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse que ainda vai analisar o texto das medidas. — Temos que avaliar se as medidas são coerentes ou se são exageradas. Temos que ler os projetos — disse Picciani. Já o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), qualificou de provocação o pacote de medidas. Para o petista, Janot está dialogando com o PSDB. — Esse projeto dialoga com os tucanos. Isso aí é uma provocação — declarou. Ele disse que não se pode criminalizar o fato de os partidos receberem dinheiro por meios legais. Mas viu na ação do Ministério Público uma iniciativa que não lhe cabe. Outros líderes partidários comentaram a medida aqui, no jornal O Globo. Fonte: O Globo

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