Retorno. Apesar de tê-los comunicado da minha ausência temporária, peço “desculpas”. É que os últimos meses me pegaram pelo pé. Entrei em contramão particular com a enxurrada de más notícias que assolaram o país. Foram tapas repetidos, a blogueira foi a nocaute, emudeceu. Tem horas em que tudo já foi dito, a voz fica fraca, com a sensação de que nada acrescenta.
Ler o noticiário entristece qualquer um. Das boas novas, o restabelecimento das relações diplomáticas pelos EUA com a pequenina e frágil Cuba. Reconhecer que a ilha tem o direito de viver do seu jeito, com seus costumes e valores, é esperançoso para que tenha fim o criminoso embargo econômico que por meio século prejudica aquela musical população. Um gol certo do Papa latino-americano, uma marca histórica na gestão do democrata Obama – aliás, um compromisso de campanha que não tinha conseguido cumprir em seu primeiro mandato.
Das más velhas, a mixórdia em que nos metemos com o diminuto jeitinho brasileiro de conviver em sociedade, de administrar a coisa pública, de se relacionar com o meio-ambiente, de construir uma NAÇÃO. Se como dizia Guimarães Rosa, “o começo é tudo” (citado hoje pelo antropólogo Roberto Damatta, no artigo Precisamos ser investigados, publicado no O Globo), às vezes o fundo do poço pode ser o começo de um começo novo.
Renovar mentalidades. Quem sabe nos levarão também a novas práticas que preservem os sete erres do consumo sustentável: reduzir, reutilizar, reciclar, respeitar, refletir, recuperar, responsabilidade.
É isso. Para todos, sem distinção: Feliz Natal!