O BNB abre hoje uma série de postagens onde comunicadores do rádio regional serão lembrados. Mídia resistente e tradicional, o rádio, ainda e sempre será de um valor incomensurável e de uma agilidade sem igual. Pode e deve ser melhor utilizado, principalmente no interior, mas, isso é história para outra hora. Agora, vamos deixar o Amigo Locutor escrever como se estivesse falando em nossas casas, carros, lojas, oficinas, escritórios, motéis, hotéis, fábricas e corações. Com as palavras, Rui Uhlmann, o Comunicador do Seu Rádio.
38 ANOS COMO UM PILOTO DE EMOÇÕES
Por Rui Uhlmamm
Radialista desde 1976, minha primeira inspiração veio do meu pai , um grande locutor. Tenho o mesmo nome dele. Sou apaixonado pela profissão, tendo trabalhado com muita gente boa, aprendendo até hoje com os meus colegas. As emissoras por onde passei me dão muito orgulho: A Jornal Fluminense,(hoje Absoluta ) foi a primeira da minha profissão. Comecei como operador de áudio, passei para locução três anos depois. E vieram as Rádios Cultura, Continental, Campos Difusora, Campista Afonsiana , (atual Cultura), e Record, todas AM, aqui em Campos dos Goytacazes. Ah ! Tive também uma passagem pela Radio O Dia, no Rio, nesta época, conheci o famoso Osvaldo Sargentelli, apresentador de programa na mesma estação.
Nesses meu 38 anos de atividades, atualmente estou na 97 FM e na Record. Ia me esquecendo, (e não posso esquecer), das rádios FM 89 FM em Campos e Muriaé FM, na cidade mineira de mesmo nome, onde implantei a programação, levando profissionais campistas como Welington Mhz, Moises França e Cesar Romero. Fui por dois anos apresentador da TV Norte Fluminense, lançado pela saudosa jornalista Alba Toledo, apresentei as edições locais do Jornal Hoje e Jornal da Globo. Naquele tempo não tínhamos o teleprompter , os textos eram decorados, com muita adrenalina quando entrava a musiquinha padrão dos noticiários, avisando que seria " Ao Vivo! ". Em minha trajetória , ocupei ainda os cargos de programador, coordenador de programação , diretor geral e corretor de publicidades. E tenho orgulho de dizer que dei oportunidade e lancei vários nomes, muitos ainda atuando com muito sucesso.
Para terminar, aproveito para agradecer: ao Manoel Peçanha, meu tio querido, e quem me levou pro rádio; ao Dr. Moacyr Fonseca, diretor da Rádio Jornal; Silvio Lima, locutor-operador que me ensinou a trabalhar na mesa de áudio; ao operador Herval Guimarães , com quem fiz um intenso laboratório para me tornar locutor; também aprendi muito com o comunicador, hoje advogado, Paulo Ferreira: ensinou-me técnicas de dicção e colocação de voz; agradeço ao Claudio Roberto, locutor e professor de inglês: me ensinava as pronúncias das musicas estrangeiras, àquela época, dominantes nos veículos de comunicação. E outros nomes me surgem na memória grata: Alair Ferreira, Alair Ferreira Filho, Andral Tavares, Pereira Jr., Padre Barbosa, do Convento dos Redentoristas, aos que estão firmes na ativa, como Barbosa Lemos, D. Terezinha Pereira Barreto, D. Tânia Dias e Nelson Dias, aos meus ouvintes, razão do meu sucesso, de toda a carreira de "RUI RUI RUI UHLMANN,O COMUNICADOR DO SEU RÁDIO, O SEU AMIGO LOCUTOR" , e claro, a Deus,que tem me dado durante todo este tempo, saúde e sabedoria para o exercício de uma profissão tão linda como a de Radialista.Vou terminar dizendo para você, leitor do Nino e da Folha, que se tivesse de começar de novo a minha vida no rádio, faria com todo o prazer, afinal, não existe nada melhor do que fazer o que a gente gosta. E gostar do que a gente faz.