O JORNALISMO EM ITAPERUNA NA VISÃO DO LEITOR
Nino Bellieny 28/11/2014 09:46
Nino Bellieny Dariany Silgom faz parte de uma geração inquieta, de pé na estrada e cabeça nas nuvens do questionamento constante. Nos envia um texto onde desnuda o jornalismo itaperunense e é assim que começa o BNB, dando espaço à voz de quem quer falar e nem sempre tem onde e como.   Jornalismo de Itaperuna: brincando de noticiar sem parâmetro algum ou amadorismo louvável? Por Dariany Silgom O "Jornalismo" de Itaperuna ( Sem generalizar , respeitando aos bons e poucos PROFISSIONAIS ), se resume a fotos sensacionalistas e a um português de fazer qualquer escritor sentir náuseas só em ler. Não respeitam nem os requisitos básicos da narração de um fato , considerados para se construir uma notícia como: "quem, onde, o que, porque e quando". O leitor pode se dar por satisfeito se "a reportagem" satisfizer duas dessas cinco e essenciais questões. Fato que temos público para todo e qualquer tipo de coisa que se publica na internet. Mas alguns veículos de "notícias" de Itaperuna estão se superando quando obrigam o internauta a se deparar com fotos de locais de crimes e acidentes automobilísticos com cadáveres mutilados, sem um pingo de pudor em expor um banho de sangue. Até onde vai o bom senso na hora de publicar uma foto? Até onde vai o respeito ao leitor que quer manter-se informado sem chocar-se com imagens fortes e apelativas? E as crianças facilmente impressionáveis que tem acesso a essas publicações? Saindo da visão geral de um leitor comum, entramos também agora na crítica da construção bem elaborada de um texto jornalístico. Pode ser considerada uma notícia um texto que é cópia fiel do cansativo e confuso boletim de ocorrência da polícia? "José apontou o autor do crime e o mesmo disse ter sido ofendido pelo mesmo quando passava pela calçada da casa do mesmo..." É tanto "mesmo" que ao final da leitura eu já não sei MESMO sobre o que estava lendo. Linguagem tão confusa e sem ritmo que deveria ficar limitada as papeladas da justiça e não ser reproduzidas na íntegra, disfarçadas de notícia. Devemos reconhecer o esforço dos que se dedicam a essa prática séria e trabalhosa de noticiar os fatos, mas, até que ponto esse amadorismo é saudável ao leitor? Talvez eu esteja sendo exigente e até muito crítica, ou só desabafando dado ao meu amor imenso pela arte do Jornalismo. Tudo isso na esperança de ver minha cidade evoluir e ter bons profissionais que respeitem acima de tudo, o leitor, o ouvinte, o telespectador ou o que seja, e depois, a ética, sem a qual nenhum profissional se faz merecedor de reconhecimento e admiração. Vida longa aos mestres da informação! [caption id="attachment_15" align="alignnone" width="300"]Ft-Arq-Pess Ft-Arq-Pess[/caption]

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