Dilma Rousseff e Aécio Neves se enfrentarão no terceiro debate em TV aberta deste 2º turno daqui a pouco, às 22h00, na Record. Nos debates anteriores, no meu ponto de vista, na Band houve pela primeira vez um certo equilíbrio, com Aécio ligeiramente superior, mas Dilma surpreendeu e partiu para o ataque, conseguindo superar as enormes dificuldades de se expressar sem deter hierarquia superior.

Já o debate do SBT foi quase um massacre de Aécio sobre Dilma, surpreendendo-a com a revelação do emprego dado para o seu irmão Igor Rousseff em governo do PT, e sendo atacado de forma baixíssima por Dilma, que, de forma indireta e covarde, o chamou de bêbado e drogado em uma pergunta capciosa sobre Lei Seca. O tucano se saiu muito bem na resposta. A petista saiu tão grogue do debate que se perdeu na entrevista e alegou uma suposta queda de pressão.

O desempenho melhor de Aécio é normal, já que ele tem o dom da oratória, tem a política no seu sangue familiar e é político há muitos anos, com larga experiência. Dilma não tem o dom da oratória, muito longe disto, e jamais tinha concorrido a um cargo eletivo até ser transformada em candidata a presidente por Lula, não passando pelo processo normal que lhe permitira aprender.

Vamos aguardar o que acontecerá no debate da Record, o penúltimo antes das urnas. O última será o da Globo, na próxima sexta-feira, 24 de outubro. O ideal seria os candidatos discutirem propostas, mas o esperado é que continuem os ataques recíprocos que marcaram os debates anteriores e a propaganda eleitoral gratuita nas rádios e canais de TV aberta.

Atualização às 00h28 de 20/10/2014: O debate foi morno, com menos ataques e mais propostas, equilibrado e sem um grande vencedor, no meu ponto de vista.