Ponto Final - De volta
Christiano 12/10/2014 12:01

De volta

Depois da contundente derrota na eleição para o Governo do Estado e da votação pífia em Campos que ajudou a lhe tirar do 2º turno, Garotinho está de volta a Campos. Sua carreira política é marcada por altos e baixos e nos momentos de derrota em seus sonhos maiores de poder sempre lhe resta a planície goitacá. Foi assim ao perder a eleição para o Governo do Estado em 1994 e nas frustradas tentativas de candidatura à Presidência em 2006 e ao Governo do Estado em 2010, ambas abatidas antes da decolagem. De volta (2) Agora resta a Garotinho cuidar do governo de sua esposa, a prefeita Rosinha, que estava com acefalia ao ver seus raros bons quadros voltados totalmente para a eleição do ex-governador para o Palácio Guanabara. Dada a sua votação pífia em Campos e a derrota na “pedra” para Pezão, é esperada uma caça às bruxas. Com várias obras paradas e demissões em massa feitas pelos empreiteiros, o final de ano na Prefeitura é desolador. Para piorar, o jornalista Lauro Jardim, da Veja, noticiou ontem que Garotinho sai da campanha derrotada com uma dívida de R$ 6 milhões. Quem vai pagar esta conta? Dilma ganhou em São Paulo (1) Uma das grandes razões da virada dada por Aécio Neves, crescendo e indo para o 2º turno nos últimos dias do 1º turno, foi a espetacular vitória em São Paulo, com 4,2 milhões de votos a mais do que Dilma Rousseff. Aécio fez 10,1 milhões de votos (44%), contra 5,9 milhões de Dilma (26%) e 5,8 milhões de Marina Silva (25%) no estado de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país. Dilma ganhou em São Paulo (2) Se perdeu no estado e teve derrotas emblemáticas até em cidades do ABC paulista, Dilma Rousseff conseguiu ao menos ganhar em um segmento do eleitorado. E de goleada. Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral, entre os presidiários paulistas Dilma recebeu 51% dos votos válidos, contra 22% de Marina Silva e 9% de Aécio Neves. Censura equivocada O senador Marcelo Crivella, que disputa o 2º turno para o Governo do Estado contra Pezão, tomou na sexta-feira uma atitude equivocada ao tentar censurar, através de ação no TRE, a divulgação de novas pesquisas do Ibope e do Datafolha. É certo que os institutos erraram e feio na eleição do Rio, mas acertaram a sua votação, dentro da margem de erro. Se tem alguém que pode questionar as pesquisas, certamente não é ele. Censura equivocada (2) Ibope e Datafolha erraram foi a votação de Pezão e de Garotinho. O governador atual foi o mais prejudicado, pois teve nas urnas de 4 a 5 pontos percentuais a mais de votos do que as intenções apontadas nas pesquisas. Já Garotinho, ferrenho crítico dos institutos quando os números não lhe favorecem, teve nas urnas de 5 a 7 pontos percentuais a menos do que as pesquisas lhe davam. Se houve algum beneficiado foi o ex-governador, mais novo aliado do sobrinho de Edir Macedo, que, sem saída, voltou atrás ao ser pressionado e criticado. * Publicado na edição de hoje da Folha da Manhã

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    Christiano Abreu Barbosa

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