Os números da pesquisa divulgada pelo Datafolha na última sexta-feira (confira aqui, no Blog do Bastos) mostraram o governador Luiz Fernando Pezão já abrindo grande vantagem no 1º turno, com 8 pontos a frente de Garotinho (31% x 23%), e disparando no 2º turno, colocando uma enorme distância de 24 pontos (54% x 30%), equivalente a um Crivella e meio Lindbergh.

Garotinho caiu mais 2 pontos (de 25% para 23%) e já está 5 pontos abaixo da sua máxima intenção de votos no Datafolha, de um mês atrás. O senador Marcelo Crivella também caiu de 19% para 17% e Lindbergh permaneceu estável em 12%. Garotinho e Crivella estão em empate técnico, o que ameaçaria até a ida para o segundo turno do ex-governador. Não acredito que aconteça.

Para Pezão, Garotinho é o melhor adversário no 2º turno, já que sua imensa rejeição, de 49% agora no Datafolha, faz com que os votos dos outros candidatos migrem em massa no 2º turno para o atual governador, que tem baixa rejeição, de apenas 16%.

No segundo turno, o mais importante para conquista de novos eleitores é a rejeição. Quanto mais baixa, mais novos eleitores podem ser captados. Quanto mais alta, menos. A rejeição de Garotinho é de 49%, três vezes maior do que a de Pezão, de 16%. Não por coincidência Pezão cresce 23 pontos no 2º turno, um pouco mais de três vezes mais do que Garotinho, que só cresce 7 pontos.

Com estes números de intenção de voto e rejeição, só uma catástrofe tira a eleição de Pezão, embora ainda existam pouco mais de 3 semanas para o turno final. Com as urnas confirmando as pesquisas, Garotinho irá para um jejum de 16 anos sem vencer uma eleição como candidato para o executivo. A última foi para governador, no já distante ano de 1998.