Agricultura aprova prioridade para mulher na venda de alimento para merenda escolar
Murilo Dieguez 10/04/2014 18:30
[caption id="" align="alignnone" width="229" caption="Hélio Santos: é importante apoiar a comercialização da produção da agricultura familiar.(Foto: Beto Oliveira)"][/caption]A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou, na quarta-feira (9), proposta que concede prioridade às mulheres da agricultura familiar na aquisição de produtos alimentícios destinados ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). O texto aprovado é o Projeto de Lei (PL) 6856/13, do Senado. Para ter direito ao benefício, as produtoras rurais deverão organizar-se em grupos, formais ou informais. Na opinião do relator, deputado Hélio Santos (PSDB-MA), depois da ampliação do direito das mulheres de acesso à terra “é de fundamental importância facilitar e apoiar a fase de comercialização da produção dessas unidades familiares”. Titulares de lote O parlamentar lembra que, a partir de 2003, o Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) passou a dar preferência às famílias chefiadas por mulheres na titulação da terra. Segundo afirma, desde então, o índice de mulheres titulares de lotes da reforma agrária aumentou de 24,1 %, em 2003, para 55,8%, em 2007 . Do total de mulheres chefes de família em relação ao total de beneficiários, o porcentual passou de 1 3,6% para 23% no mesmo período, sustenta Santos. Regras atuais Atualmente, a lei que criou o PNAE (11.947/09) prevê a destinação de pelo menos 30% dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação ao programa para a compra de alimentos diretamente de agricultores familiares ou suas organizações. Já têm prioridade os assentamentos da reforma agrária, comunidades indígenas e quilombolas. Pelo projeto aprovado, as mulheres da agricultura familiar passarão a integrar esse grupo prioritário. Além disso, a proposta prevê que, no mínimo, 50% dos produtos comprados de agricultores familiares sejam adquiridos em nome da mulher. Tramitação Em regime de prioridade, o projeto segue para análise conclusiva das comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. 'Agência Câmara Notícias'

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