Sobre a morosidade da Justiça brasileira e o papel indeclinável do STF de buscar solução para o grave problema, cabendo, à própria Corte, reformular-se e dar o exemplo, a Folha da Manhã publicou, em janeiro, matéria de página inteira em que expôs as velhas amarras do tribunal, advertindo, ainda, que seu regimento e modus operandi precisam perder gordura e ganhar modernidade para que os processos não se arrastem indefinidamente.

Agora, no dia 10 de fevereiro, em texto assinado pelo mestre em Direito da Universidade de Harvard, Joaquim Falcão, a Folha de São Paulo, o segundo jornal de maior circulação do Brasil, com média aproximada de 300 mil exemplares/dia, ratificou no todo e nos detalhes a análise do jornalista Guilherme Belido, chegando, em alguns trechos e numa feliz coincidência, a quase repetir palavras e expressões. No caderno Folha Domingo passado Belido fez o registro, exibindo ambos os fac-similes.

Double de jornalista e empresário comercial, por conta do impeachment de Fernando Collor, Guilherme Belido já havia emplacado artigo na mesma Folha de São Paulo onde advertia que a pressa como então se estava conduzindo o processo de cassação daria ao presidente a ‘eterna’ desculpa de que foi deposto. Dito e feito.