O clima de manifestações que começou quente pela manhã na Câmara Federal, quando médicos e policiais, cada qual com suas reivindicações , partilhavam as dependências da Casa no final da tarde de hoje ferveu. O plenário da Câmara foi invadido agora já por policiais militares, civis e bombeiros de vários estados que se posicionavam pela votação da PEC 300, que cria um piso nacional para a categoria.
Tão logo a invasão se configurou, o deputado Simão Sessim (PP-RJ), presidia a sessão, encerrou os trabalhos. Parte dos manifestantes se sentou nas poltronas reservadas aos parlamentares.
Em seguida, o presidente Henrique Eduardo Alves assumiu o comando da mesa e fez um apelo para que os manifestantes deixassem o plenário. Ele propôs criar um grupo de trabalho para discutir até 16 de setembro a proposta de emenda constitucional. Ao final do trabalho desse grupo, a Câmara decidiria se leva a proposta à votação em segundo turno. Ele irritado com as manifestações em plenário ameaçou retirar a proposta de criação do grupo de trabalho. Mesmo assim, os policiais permaneceram no plenário.
"Esse tipo de comportamento não é respeitoso, nem democrático”, disse Alves. “Estou falando a pessoas sérias e responsáveis. Faço apelo a deputados que se dizem representantes dessa classe, porque eu não vou pautar essa matéria [...]. Faço apelo pela retirada dos senhores de forma educada e respeitosa”, disse.
Estudantes de medicina e de outras profissões da área de saúde que também protestavam contra e a favor dos vetos ao projeto do Ato Médico aproveitaram o tumulto para também entrar no plenário, mas se mantiveram ao fundo do recinto.
Cerca de 20 minutos depois de iniciado o tumulto, a maioria dos manifestantes já tinha deixado o plenário.
Fonte. G1 Foto: Fabiano Costa/ G1)