"Quem é você diga logo"
lucianaportinho 06/08/2013 17:28
Mesmo com um panorama político tomado por indefinições e aflições e, a despeito do tremendo desgaste imposto pelas manifestações populares às instituições políticas o calendário eleitoral permanece de pé. Os prazos e datas estão mantidos. Os partidos políticos se organizam para as próximas eleições. É que em outubro de 2014 os brasileiros irão às urnas para eleger o novo presidente da república, os novos governadores, novos senadores e novos deputados federais e estaduais. Em Campos, no terreno da oposição ao governo da prefeita Rosinha Garotinho (PR), há cinco potenciais pré-candidatos na disputa de uma cadeira à Câmara Federal e dez possíveis pré-candidatos dispostos a um assento na Alerj. Haveria mais um José Geraldo (PRP) que movimentou os debates políticos na eleição passada. José Geraldo foi candidato a prefeito. Com um discurso simples e contundente fez a diferença nos programas eleitorais. Afirma que refletiu sobre a conjuntura atual, concluiu que se desenha uma mudança na relação entre eleitor verso candidato, retirou sua pré-candidatura a deputado estadual. Continua na política. Caso, mais adiante, sejam confirmadas essas 15 pré-candidaturas de oposição, fica a pergunta se para um colégio eleitoral como o nosso de 350 mil eleitores, não haverá uma pulverização exagerada do voto de oposição, com risco real de no fim das contas nenhum se eleger? È sabido que além dos candidatos locais, a cada eleição cresce o número de “candidatos de fora” que abocanham um volume expressivo de sufrágios. Como tem acontecido nas últimas eleições a renovação anuncia-se grande. Se em momentos normais da história é arriscado prever o futuro, no presente momento é impossível. As pesquisas de popularidade dos detentores de qualquer esfera do poder executivo revelaram uma insatisfação generalizada. Ninguém que ocupe um cargo de mando no país se manteve avaliado no patamar anterior às manifestações de junho. Uns caíram, outros despencaram no gosto popular. Nenhuma autoridade cresceu aos olhos do brasileiro. Diferentemente das eleições municipais que são restritas às injunções locais, as próximas sofrem influência do volátil humor nacional. É que ainda que o voto não obrigue a vinculação eleitoral, o pleito é verticalizado pelo debate mais amplo da sociedade. Tem chão daqui às eleições, resta saber como será a estrada." Luciana Portinho

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Sobre o autor

    Luciana Portinho

    [email protected]

    BLOGS - MAIS LIDAS