Três cartas e um funeral
Christiano 04/01/2013 19:13

César Maia publicou uma interessante nota em seu Ex-Blog na edição de hoje. É uma estória já conhecida, mas que sempre se aplica aos prefeitos que assumem um mandato. Ele usa as três cartas contra o seu atual adversário, Eduardo Paes, prefeito reeleito no Rio, que está na segunda carta.

A prefeita Rosinha, reeleita aqui, usou e abusou da primeira carta e agora vai usando a sua segunda carta. A mudança no tom do seu discurso é clara. O jornalista Alexandre Bastos postou ontem aqui uma nota, em seu blog, que retrata exatamente esta situação, em um ato falho do vereador Jorge Magal.

Quem usará primeiro a terceira carta: Rosinha ou Eduardo Paes? Já os prefeitos da região que se elegeram derrotando o alcaide anterior nem precisaram de crise e já estão usando a primeira carta, com força. Confira abaixo a nota de César Maia e as suas três cartas:

AS TRÊS CARTAS E OS NOVOS PREFEITOS!

1. Uma história antiga, mas sempre presente. Um prefeito que saía entregou ao prefeito que entrava três cartas e disse para abri-las em cada crise. Veio a primeira, aberta logo após a posse e a carta dizia: coloque toda a culpa na herança perversa que recebeu. Na segunda crise, abriu a segunda carta e leu: mostre que há necessidade de ajustes no seu primeiro escalão e faça mudanças no secretariado. Na terceira crise, ao abrir a terceira carta, o prefeito se assustou ao ler: escreva três cartas para seu sucessor. 2. Todos os prefeitos recém-empossados abriram a primeira carta e cumpriram fielmente o que dizia: deitaram falação sobre a herança perversa que receberam. Curiosamente, os prefeitos reeleitos –independente dessa condição de aprovação- e que já haviam aberto a primeira carta no início da administração, abriram a segunda carta. E todos decidiram fazer uma reforma no secretariado. 3. Aos primeiros cabe ainda a chance da segunda carta. Aos reeleitos, abrir a terceira carta será fatal. Aqui no Rio a primeira carta foi usada e abusada. Na segunda carta, cumprida agora, se viu saírem o secretário de conservação; a presidente da empresa de limpeza urbana (a conservação ia mal); o de urbanismo (excesso de especulação imobiliária); o de transporte (caos no trânsito); o de assistência social (dobrou a população na rua); a de fazenda, um pouco antes (Por que, pergunta o mercado); o de cultura; o de esportes; o de defesa dos animais; e secretarias perderam funções para se criar 5 novas secretarias. 4. Aguardam-se novas emoções.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Sobre o autor

    Christiano Abreu Barbosa

    [email protected]

    BLOGS - MAIS LIDAS